AO FUNDO DO CORREDOR DO SONO
Entre a geometria do verbo invisível,
oscila o pêndulo dos meus pensamentos.
Entre a gramática da soma dos números,
penetram os grãos do infinito no vento que me pára.
Enquanto o mar acorda a praia do irreal,
os axiomas da sua imensidade acodem as minhas mãos.
Enquanto a lua insinua nudezes ao céu,
a matemática do impossível torna-se um jardim aberto.
Os reflexos da perfeição conduzem-me às cegas
aos símbolos da existência como cascata de evidência.
Os artifícios do nada são muralhas de sombras.
Sofismas de fés que ficam à porta dos meus olhos.
O mundo é um laço de limites… Nó anoitecido.
Uma esfera dentro de um círculo onde nada é desligado.
Onde tudo é apetecido!
O universo dorme recto ao fundo do corredor do sono.
O tempo corre num ponto
que se desvia das nossas árvores de grandeza.
A certeza é um momento de curvas repetidas.
As distâncias são injúrias que escoram
os passos da alma e do corpo sem zénites para caminhar.
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