REFLEXÃO

Nós, os humanos vivemos numa época que desconfiamos e temos medo uns dos outros; vivemos no mesmo planeta e nunca nos conhecemos totalmente, nem mesmo dentro da própria família; isto não é viver, é morrer de mesquinhez e com falta de lealdade e de franqueza; é assim, porque a sociedade em que vivemos é turbulenta, azeda e vai perdendo aos poucos a sua humanidade e por este andar há – de chegar o tempo em que não nos entendemos a falar mas sim a matar.

Acho que o animal chamado homem sempre foi assim, desde que nasceu a primeira semente, sofrendo sempre de qualquer disfunção mental e por isso mesmo, sabendo nadar na vida, tenta sempre afogar o próximo para ter mais mar para ele; se o homem não tivesse regras para viver em sociedade, já não existia, já se tinha afogado há muito tempo no próprio mar que nasceu.

A prova disto, é que ele tem de ser disciplinado para viver e respeitar a vida dos outros, no entanto, existem sempre os prevaricadores que precisam da justiça implacável para poder viver em sociedade.

Até parece que, o mundo em que vivemos é como uma selva humana, onde impera a lei do mais forte; será que não é assim? Quem não sofreu já injustiças, atropelos ou discriminações? Basta pensar um pouco e neste mar da vida, de certeza que nos sucedeu levarmos com ondas de maldade; o que é preciso é estarmos preparados para tudo, especialmente no meio de toda a gente, para nos podermos conhecer melhor para nos podermos defender das agressões uns dos outros; não é fugindo, nem nos isolando da sociedade que nos defendemos melhor, antes pelo contrário, somos muito mais vulneráveis e mais facilmente detectados e com mais possibilidade de sermos alvo das ondas de maldade; por isso, nada melhor do que nos misturarmos uns com os outros, dentro da sociedade humana, para que a nossa defesa seja mais fácil e conhecermos melhor os nossos semelhantes; naveguemos no mar da vida mas, sempre em alerta máximo, porque as tempestades na sociedade de hoje, espreitam a qualquer momento e nos podem atirar contra as rochas.

Neste mar em que navegamos, olhemos sempre para o farol da esperança que, nos há – de guiar neste mar encapelado da vida, para chegarmos a bom porto, não esquecendo que, nós somos aquilo que quisermos ou podermos ser; pode ser que um dia, o farol da esperança ilumine a mente dos homens, com a luz da paz e do amor que bem falta fazem no mundo de hoje; a esperança é sempre a última coisa a morrer mas há muitos que preferem matar a esperança dos outros para viver.

Quando o farol da esperança se apagar, podemos ter a certeza, que nós nos apagamos com ele, porque sem esperança ou fé, não vale a pena viver, ou nem sequer devíamos ter nascido; a esperança e a fé confundem – se, são as duas a mesma coisa e são elas o único motivo que nos faz viver.

Atenção, também não se deve viver só para comer mas, sim comer para se viver e alcançaremos o nosso objectivo que fica sempre mais além, portanto, o homem, nunca o alcançará, porque quer sempre ir mais além e por isso é que temos no mundo de hoje tantos inventos e a ciência e a tecnologia galopam a toda a força; se não fosse assim, ainda andaríamos com uma folha de parra esconder o sexo, ou seja parados no tempo. Muitos pensarão: com o mundo que temos hoje não valia mais a pena estarmos na época da folha da parra? Não concordo com este pensar, temos é que nos unirmos enquanto é tempo, e fazermos com que o mundo seja melhor e isso está ao nosso alcance, o homem é que não quer mas, um dia ele vai aprender se tiver tempo para isso. Portanto, devemos estar sempre preparados para as mudanças da sociedade, senão ficamos para trás e só apanhamos o que os outros não querem; por isso é que esta sociedade é tão competitiva mas, ao mesmo tempo impiedosa e desumana.

Citando Alberoni, todos devemos lutar pelo primeiro lugar mas, sem ódios e segundo as regras imparcialmente

 

 Estêvão

Submited by

Wednesday, January 2, 2013 - 10:46

Prosas :

No votes yet

José Custódio Estêvão

José Custódio Estêvão's picture
Offline
Title: Membro
Last seen: 2 years 39 weeks ago
Joined: 03/14/2012
Posts:
Points: 7749

Add comment

Login to post comments

other contents of José Custódio Estêvão

Topic Title Replies Views Last Postsort icon Language
Poesia/Thoughts O SOL É PARA TODOS 0 2.178 07/09/2012 - 08:34 Portuguese
Poesia/General FERIDAS 2 1.635 07/08/2012 - 09:52 Portuguese
Poesia/Love FILHOS 0 455 07/08/2012 - 00:01 Portuguese
Poesia/General IDEIAS 1 2.187 07/07/2012 - 23:56 Portuguese
Poesia/Joy VIVAMOS COM ALEGRIA 0 2.667 07/07/2012 - 23:51 Portuguese
Poesia/Meditation SER OU NÃO SER 2 2.770 07/07/2012 - 22:02 Portuguese
Poesia/General SENTIDOS 0 1.960 07/07/2012 - 08:28 Portuguese
Poesia/Thoughts IMERECIDOS 0 2.791 07/06/2012 - 09:05 Portuguese
Poesia/Sadness VENDEM ILUSÕES 0 1.431 07/06/2012 - 09:01 Portuguese
Poesia/General CONVITE 0 2.787 07/06/2012 - 08:56 Portuguese
Poesia/Thoughts ELES PASSAM-ESTRAGAM TUDO 2 619 07/05/2012 - 09:32 Portuguese
Poesia/Sonnet SINAIS DO TEMPO 0 2.244 07/05/2012 - 09:29 Portuguese
Poesia/General ESPINHOS 0 1.219 07/05/2012 - 09:03 Portuguese
Poesia/General NEM TUDO O QUE PARECE É 0 850 07/05/2012 - 09:00 Portuguese
Poesia/Thoughts SALTAR 0 3.518 07/04/2012 - 08:55 Portuguese
Poesia/Comedy PREGUIÇA 0 3.288 07/04/2012 - 08:51 Portuguese
Poesia/General OTIMISTA 0 2.164 07/03/2012 - 14:23 Portuguese
Poesia/General ANDANDO 0 2.294 07/03/2012 - 14:21 Portuguese
Poesia/General CAI NEVE 0 3.920 07/03/2012 - 14:10 Portuguese
Poesia/Love GOSTO DOS TEUS OLHOS 0 988 07/02/2012 - 09:16 Portuguese
Poesia/Thoughts DEUS ESTÁ ZANGADO? 0 3.025 07/02/2012 - 09:11 Portuguese
Poesia/Love OS TEUS OLHOS NÃO ME LEVAM 0 2.133 07/02/2012 - 09:05 Portuguese
Poesia/Meditation BRAÇOS CAÍDOS 0 1.962 07/01/2012 - 11:33 Portuguese
Poesia/Meditation PALHAÇO 0 1.348 07/01/2012 - 11:28 Portuguese
Poesia/General DELÍRIOS 0 547 07/01/2012 - 11:24 Portuguese