(pequeno excerto do Monólogo "Ninfo' Eu Sou...")

As ruas são escuras, a ingenuidade da lua derramou lágrimas de poder, paz e vergonha.
Sociedade de julgamentos constantes onde sexo é definido entre uma "virgem" e "moral".
O meu corpo nu é como concreto e secreto mistério silencioso deitado na folha branca do teu concreto querer!
Sou,
Abstração simetria, estática, ideológica de um penetrar profundo em Erasmo, olhar sem repressão ... vivos eles estão!!!

Quem?! perguntam...

Os orgasmos tridimensionais revolvidos e repetidos que provoco sem argumentos, entre a queda de uma "virgem" na caverna chuvosa da "moral"

Todos se escandalizam porquê? Digam-me agora sem medos e falsas morais meros mortais!

Sim eu sou,

Uma mulher que nunca viverá no escuro e de tempos em tempos liberta sem pudores a sua clara transparência!

Também sou,

A lua da tua pele,
O terreno que o seu marfim espelha e explora,
O céu desejado da sexualidade pura, o sincero e puro erotismo do oriente Nórdico-latino!
Se nada...Sou muito sem pouco...
Mas eu não sou ela, a outra que facilmente te abriga entre pernas e te faz homem sem "H" e por meros minutos... Comigo contemplas a eternidade.

Porquê? novamente perguntam... simples caros mortais...

Porque eu sou EU!!!

Sim, eu sei o que eu sou,

Sou o livro que a vida me ofertou ao nascer nos olhos do seu corpo inerte e nu, riscado no passado pela sua dor.

Comigo?

Comigo serás úmplice de um novo tipo de amor onde tudo em ti é movido pelo sentimento irrestrito, sem prejuízo ...descaradamente e com "moral" ...
Onde dois corpos plenos na entrega de sentir, serão moldados, descobertos ...

Cúmplices do meu "crime"???
Somente tu e a noite ...

Embebido estás em mim, em minhas mãos, em meus lábios, nos meus olhos, na minha língua, na minha respiração, no meu cheiro ...

Quem és tu? perguntas-me...

Sou a anunciação real de Mulher que funde seu corpo numa alma eternizando-a!

(pequeno excerto do Monólogo "Ninfo' Eu Sou...")