O TEMPO DO AMOR
O tempo do amor
O amor é juventude, é uma flor cheia de vida,
Nunca é representado por uma rosa ressequida,
É a meiguice de um beijo doce e prolongado,
Com os olhos fechados para ser recordado,
É a ternura que abraça e faz aquecer,
O amor que já nasceu e quer ter força para viver.
Uma rosa que já perdeu as pétalas, ninguém a quer,
Mas sim uma rosa perfumada, é um bem-querer,
Rosa murcha, perdeu vida, já não desperta o amor,
Ninguém olha para ela já não se nota a sua cor,
O amor existe mas já não tem força para voar,
Só lhe resta fechar os olhos e apenas recordar.
É na juventude que o amor cria as suas asas,
Voa com as suas asas fortes e é quente como brasas,
Exalando o seu perfume que chega até ao céu,
Vivendo com a esperança que a vida lhe deu,
E agora o tempo cortou-lhe as asas para poder voar,
Apenas recorda e já nem sequer pode sonhar.
Diz-se que o amor pertence a todos, não tem idade,
É um pensamento cheio de ilusão, é a verdade,
Todos desejamos que o amor fosse sempre assim,
É um desejo que não faz mal e olhemos para um jardim,
Temos pena das flores murchas, não têm valor,
Já foram novas e o tempo fez perder o seu amor.
Quem não gosta de olhar para uma flor a desabrochar?
Faz palpitar o coração, o amor faz despertar,
Para as flores que vão murchando os olhos não as vêem,
Vivem no mesmo jardim na mesma terra que as novas têm,
Mas são velhas já não enfeitam o centro de uma mesa,
São as flores não viçosas que todos olham com tristeza.
A juventude é o ponto mais alto de uma montanha,
O amor nesta idade sobe é de uma força tamanha,
Tão grande como a ilusão da vida com que vivemos,
É nesta idade que se ama com toda a força que temos,
E quando o tempo passa a nosso amor se vai apagando,
Dizemos o que não pensamos, nos vamos enganando.
Tavira, 15 de Julho de 2011-Estêvão
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