E quando tudo o que se finge é imperfeito
E quando mais nada
não se pode comparar
e a madrugada for o sentido
de quem está habituado a estar perdido
e a se encontrar.
E quando tudo o que se finge é imperfeito
a gente chama o mar e o mar nos vem ao peito.
E quando tudo o que se crê
é mais que a fé
acreditamos no que vem depois
e não sabemos porquê.
E quando mais nada se pode comparar
o mundo tem a nossa solidão
e o jogo é só aquele instante
em que o amor se faz no chão
e o sentido de acreditar
é mais que a força
de um gigante.
E quando tudo
não é mais nada
os olhos olham o espelho
e o corpo se vê mais velho.
E quando tudo o que se finge é imperfeito
a gente chama o mar
e o mar nos vem ao peito.
Lobo 09
Submited by
Sunday, July 26, 2009 - 18:36
Poesia :
- Login to post comments
- 1024 reads
Add comment
Login to post comments
other contents of lobo
Topic | Title | Replies | Views | Last Post | Language | |
---|---|---|---|---|---|---|
Prosas/Ficção Cientifica | Alguem te olha os olhos escuros | 0 | 1.514 | 11/19/2010 - 00:05 | Portuguese | |
Prosas/Lembranças | Mãe pode ser um momento vago , primeira parte | 0 | 1.876 | 11/19/2010 - 00:05 | Portuguese | |
Prosas/Others | Havia um espírito cheio de pregos | 0 | 982 | 11/19/2010 - 00:05 | Portuguese | |
Prosas/Thoughts | Assim continuamos a tirar vermes da cartola. | 0 | 863 | 11/19/2010 - 00:03 | Portuguese | |
Prosas/Contos | Anda alguem a desacertar o relogio do mundo parte 5 | 0 | 1.714 | 11/19/2010 - 00:03 | Portuguese | |
Prosas/Thoughts | Ter os olhos pousados nas estradas | 0 | 1.007 | 11/19/2010 - 00:03 | Portuguese | |
Prosas/Others | Seguimos os gestos que a cidade desenha nos corpos | 0 | 1.084 | 11/19/2010 - 00:03 | Portuguese | |
Prosas/Thoughts | Estou a perder-me | 0 | 1.055 | 11/18/2010 - 23:56 | Portuguese | |
Prosas/Others | A princesa ama o dragão | 0 | 2.208 | 11/18/2010 - 23:55 | Portuguese | |
Prosas/Thoughts | Menino Jesus vamos jogar ao monopolio | 0 | 1.230 | 11/18/2010 - 23:51 | Portuguese | |
Prosas/Ficção Cientifica | Ainda há policias bons | 0 | 1.405 | 11/18/2010 - 23:51 | Portuguese | |
Prosas/Others | a alma nhaé como o cume da monta | 0 | 1.373 | 11/18/2010 - 23:50 | Portuguese | |
Prosas/Thoughts | Rua da paragem sem álcool | 0 | 1.050 | 11/18/2010 - 23:48 | Portuguese | |
Prosas/Others | Coisa que a morte não faz | 0 | 1.427 | 11/18/2010 - 23:48 | Portuguese | |
Prosas/Thoughts | As leituras sobre a natureza | 0 | 1.502 | 11/18/2010 - 23:48 | Portuguese | |
Prosas/Thoughts | Entrego-me ao rio | 0 | 1.266 | 11/18/2010 - 23:48 | Portuguese | |
Prosas/Ficção Cientifica | A rapariga dos sapatos vermelhos 3 | 0 | 1.572 | 11/18/2010 - 23:48 | Portuguese | |
Prosas/Ficção Cientifica | Um certo tempo do amor | 0 | 1.675 | 11/18/2010 - 23:48 | Portuguese | |
Prosas/Ficção Cientifica | Assim de repente | 0 | 1.164 | 11/18/2010 - 23:48 | Portuguese | |
Prosas/Thoughts | A rapariga dos sapatos vermelhos | 0 | 1.452 | 11/18/2010 - 23:48 | Portuguese | |
Prosas/Thoughts | A rapariga dos sapatos vermelhos 2 | 0 | 1.284 | 11/18/2010 - 23:48 | Portuguese | |
Prosas/Others | Os cavalos amarrotam o papel 3 | 0 | 2.206 | 11/18/2010 - 23:48 | Portuguese | |
Prosas/Ficção Cientifica | A mulher que tinha sémen nos olhos parte 3 | 0 | 1.284 | 11/18/2010 - 23:48 | Portuguese | |
Prosas/Mistério | Não era milagre andar sobre as águas | 0 | 910 | 11/18/2010 - 23:48 | Portuguese | |
Prosas/Thoughts | Os cavalos amarrotam o papel. 2 | 0 | 745 | 11/18/2010 - 23:47 | Portuguese |
Comments
Re: E quando tudo o que se finge é imperfeito
Mais um excelente poema que encontro no WAF! :-)
Re: E quando tudo o que se finge é imperfeito
Que espetacular poema, tarnsformas um tema mundanal numa obra de arte.
Re: E quando tudo o que se finge é imperfeito
Simplesmente, gostei...
Abraço...
Re: E quando tudo o que se finge é imperfeito
"E quando tudo o que se finge é imperfeito
a gente chama o mar
e o mar nos vem ao peito."
Bela imagem.
Abraço
Re: E quando tudo o que se finge é imperfeito
Lobo99!
Lindo, lindo, gostei e gosto do tema!
Por isso que dizem que a a fé, o pensamento e o meditar, movem montanhas!
E quando tudo o que se finge é imperfeito
a gente chama o mar
e o mar nos vem ao peito.
MarneDulinski Luz, Vida e Amor - PAZ PROFUNDA
Re: E quando tudo o que se finge é imperfeito
"a gente chama o mar
e o mar nos vem ao peito."
Caríssimo Lobo, por vezes entendo que não devíamos ter saído das águas, nosso primeiro habitat, fossem os sentimentos adquiridos através da terra: passos, passadas, percalços, descompassos. gostei. abraços, Pedro.