Adaptação de OS LUSÍADAS ao Português atual
Luis Vaz de Camões (1524-25/1580) foi o maior poeta que a lingua portuguesa deu ao Mundo. Como poeta "romântico" produziu versos que ainda hoje são populares, tais os seus encantos; mas é como poeta Épico que realizou sua obra-prima: OS LUSÍADAS. Nela, canta as proezas e as glórias do povo lusitano; daquela pequena nação que foi capaz de criar um império comparável ao Romano na Antiguidade e ao Inglês, na Modernidade.
No poema, exalta-se a descoberta do "Caminho para as Ìndias" e a própria história de Portugal. É um texto vigoroso, ufanista, mas, também, terno, romântico, cômico e até erótico. Uma "catedral", segundo alguns, tal é sua profundidade, sua riqueza, seu tamanho e sua importância.
Porém, essa "catedral" progressivamente vai se distanciando do grande público e não é dificil apontar as causas desse afastamento: o original, c.1556, foi escrito, obviamente, com a gramática de sua época e traz consigo citações geográficas, históricas e mitológicas que exigem tempo e esforço do leitor comum para serem compreendidas em sua plenitude. Se ainda hoje o Português falado em Portugal difere daquele falado no Brasil, o quê dizer, então, desse antigo texto? E das citações, as vezes indiretas? Ler Camões exige, pois, uma rara erudição ou tempo disponível para as pesquisas necessárias. E como nenhuma dessas condições é acessível ao grande público, pressionado pela vida moderna, deixa-se de saborear esse delicioso manjar.
Destarte, para dar oportunidade de que a grande maioria possa desfrutar do gênio do bardo e enriquecer substancialmente suas reservas culturais é que essa obra foi idealizada. Contudo, seria uma crime de "lesa-cultura" suprimir do leitor o esplendor do original e, por isso, é que se teve o cuidado de numa mesma página, ou na seguinte, colocar a estrofe original, a estrofe adaptada e as notas relativas ao trecho. Três elementos colocados juntos, sem necessidade de interrupção da leitura para consultas constantes aos esclarecimentos no final do livro, como costuma acontecer.
Com essa diagramação, o leitor tem a explicação clara, fácil e imediata de cada verso e, a partir daí, passa desfrutar na íntegra do esplendor da genialidade de Camões, seja no tocanto ao Metro, à Versificação, ao arcabouço histórico etc. São 8.816 versos adaptados (alguns, jocosamente, dizem "traduzidos") ao nosso linguajar atual, coloquial e mais de 1.550 notas explicativas sobre cada contexto. Com isso, esperamos que todos tenham um leitura fluente e agradável.
Submited by
Fotos :
- Login to post comments
- 3879 reads
other contents of fabiovillela
Topic | Title | Replies | Views | Last Post | Language | |
---|---|---|---|---|---|---|
Poesia/Sadness | A Canção de Alepo | 0 | 6.618 | 10/01/2016 - 21:17 | Portuguese | |
Poesia/Meditation | Nada | 0 | 5.744 | 07/07/2016 - 15:34 | Portuguese | |
Poesia/Love | As Manhãs | 0 | 5.048 | 07/02/2016 - 13:49 | Portuguese | |
Poesia/General | A Ave de Arribação | 0 | 5.685 | 06/20/2016 - 17:10 | Portuguese | |
Poesia/Love | BETH e a REVOLUÇÃO DE VERDADE | 0 | 6.593 | 06/06/2016 - 18:30 | Portuguese | |
Prosas/Others | A Dialética | 0 | 11.136 | 04/19/2016 - 20:44 | Portuguese | |
Poesia/Disillusion | OS FINS | 0 | 6.128 | 04/17/2016 - 11:28 | Portuguese | |
Poesia/Dedicated | O Camareiro | 0 | 7.191 | 03/16/2016 - 21:28 | Portuguese | |
Poesia/Love | O Fim | 1 | 5.553 | 03/04/2016 - 21:54 | Portuguese | |
Poesia/Love | Rio, de 451 Janeiros | 1 | 10.475 | 03/04/2016 - 21:19 | Portuguese | |
Prosas/Others | Rostos e Livros | 0 | 7.753 | 02/18/2016 - 19:14 | Portuguese | |
Poesia/Love | A Nova Enseada | 0 | 5.791 | 02/17/2016 - 14:52 | Portuguese | |
Poesia/Love | O Voo de Papillon | 0 | 5.288 | 02/02/2016 - 17:43 | Portuguese | |
Poesia/Meditation | O Avião | 0 | 5.643 | 01/24/2016 - 15:25 | Portuguese | |
Poesia/Love | Amores e Realejos | 0 | 7.070 | 01/23/2016 - 15:38 | Portuguese | |
Poesia/Dedicated | Os Lusos Poetas | 0 | 5.748 | 01/17/2016 - 20:16 | Portuguese | |
Poesia/Love | O Voo | 0 | 5.415 | 01/08/2016 - 17:53 | Portuguese | |
Prosas/Others | Schopenhauer e o Pessimismo Filosófico | 0 | 8.973 | 01/07/2016 - 19:31 | Portuguese | |
Poesia/Love | Revellion em Copacabana | 0 | 5.224 | 12/31/2015 - 14:19 | Portuguese | |
Poesia/General | Porque é Natal, sejamos Quixotes | 0 | 5.607 | 12/23/2015 - 17:07 | Portuguese | |
Poesia/General | A Cena | 0 | 6.141 | 12/21/2015 - 12:55 | Portuguese | |
Prosas/Others | Jihadismo: contra os Muçulmanos e contra o Ocidente. | 0 | 9.759 | 12/20/2015 - 18:17 | Portuguese | |
Poesia/Love | Os Vazios | 0 | 8.305 | 12/18/2015 - 19:59 | Portuguese | |
Prosas/Others | O impeachment e a Impopularidade Carta aberta ao Senhor Deputado Ivan Valente – Psol. | 0 | 6.696 | 12/15/2015 - 13:59 | Portuguese | |
Poesia/Love | A Hora | 0 | 8.267 | 12/12/2015 - 15:54 | Portuguese |
Add comment