Precisamos da arte
É notório o desrespeito aos artistas, sejam eles músicos, pintores ou escritores, em um mundo que tanto precisa da arte. Quase sempre, ao se falar que "alguém é artista", fala-se desse alguém com desprezo, como se fosse um vagabundo ou lunático e a arte, mera perda de tempo, simples futilidade. Mas a arte não é algo a que o artista se dedica por simples prazer porque, na verdade, é a arte que nos condiciona. Nós servimos a ela, que é manifestação do nosso mundo interior e, ao mesmo tempo, demonstração de como somos afetados pelo mundo exterior.
Pela arte, podemos nos expressar, fazer com que ouçam as vozes do nosso inconsciente e subconsciente através dos ouvidos, toque, olhos, emoção e sensibilidade. Quando alguém entra em contato com uma manifestação artística, ouve a voz interior do artista e tem transformada sua maneira de ver o mundo, exercitando a sensibilidade e o entendimento acerca da cultura, tempo e história que influenciaram o trabalho de arte, visto que o artista é filho do seu tempo e dos fatos sociais que marcam a história do lugar a que pertence. Quando entendemos verdadeiramente as formas de manifestação da arte, percebemos o quanto precisamos dela para refrescar nosso espírito, renovar nossas emoções e sentimentos e ampliar nossa imaginação. Além disso, o artista manifesta não apenas os seus sentimentos, mas também os nossos, de maneira que sua voz termina por ser a voz de todos. Sua insatisfação, sua angústia e anseios são a nossa insatisfação, nossa angústia e os nossos anseios.
Uma obra de arte transforma o cotidiano, salva-nos da mesmice e do tédio, mostrando-nos como ver o mundo através de lentes novas. E é por isso que podemos afirmar que a arte nos ensina a viver.
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