O FIM DOS TEMPOS
Presidentes doentes mentais
Gurus, fanáticos de crenças
Governam a fome, doenças
Da maior parte dos mortais
Morreram princípios morais
Em nome da modernidade
Gente antiga esquece a idade
E vai na onda dos demais
-
Há quem creia na paz mundial
-Vejo cada vez mais distante
Guerra no mundo é ambulante
Ponto novo, produto igual
Tornou-se coisa natural
Testar o armamento novo
E a vítima que é sempre o povo
Sofre no meio e no final
-
Sinfonia desafinada
Que o meu ouvido não aguenta
Tanto mal essa gente planta
Mas não vejo colherem nada
Por outro lado nessa estrada
Tanta gente semeia o bem
Na hora de colher, porém
Talvez colham a safra errada
-
Ao ver tanto mal pela estrada
Penso que o mal tenha mais sorte
Que quem o plante engane a morte
E a vida assim sofre enganada
Ou jogo de carta marcada
Que bem conhece o calaveira
Fazendo o bem virar caveira
Numa colheita entreverada
-
O amigo “Sebastião” dizia
Numa situação aguda:
“Isto não tem santo que acuda”
E o que mais se vê hoje em dia
É tanta gente em agonia
Sob constante ameaça
Para alguns “tempos da graça”
Num faz de conta de alegria
-
Por não ser parte da comparsa
Meu pensamento eu governo
Não creio existir o inferno
Que faz sua parte nessa farsa
E o medo nisso se disfarça
Dizendo que o bem tem poder
Que a bondade irá vencer
Vestindo branco como a garça
-
Que nada sei não penso assim
Já pensei que nada sabia
Fosse assim não pensaria
Outros pensariam por mim
Sei que o mundo não é ruim
Ruim são políticos, leis
Ditadores bandidos, reis
Reais mensageiros do fim.
Sérgio da Silva Teixeira
BAGÉ/RS/BRASIL.
Submited by
Poesia :
- Login to post comments
- 1591 reads
Add comment
other contents of Sérgio Teixeira
Topic | Title | Replies | Views |
Last Post![]() |
Language | |
---|---|---|---|---|---|---|
Poesia/General | MISSÃO IMPOSSÍVEL | 2 | 277 | 02/04/2025 - 14:24 | Portuguese | |
Poesia/General | SEXTA-FEIRA 31-(SUPERSTIÇÃO INVERTIDA) | 0 | 109 | 02/01/2025 - 00:21 | Portuguese | |
Poesia/Fantasy | UM ÓTIMO DIA | 2 | 2.061 | 01/24/2025 - 23:02 | Portuguese | |
Poesia/General | A ÚNICA CERTEZA | 0 | 132 | 01/01/2025 - 00:15 | Portuguese | |
Poesia/General | UMA COISA E OUTRA COISA | 0 | 208 | 12/06/2024 - 00:16 | Portuguese | |
Poesia/General | EU E O VERSO | 1 | 292 | 11/25/2024 - 15:14 | Portuguese | |
Poesia/Sonnet | O ÚLTIMO SONETO | 3 | 451 | 11/24/2024 - 10:46 | Portuguese | |
Poesia/General | AO PÁSSARO SABIÁ | 2 | 425 | 11/24/2024 - 10:43 | Portuguese | |
Poesia/General | O ÚLTIMO RITUAL (OBITUÁRIO) | 0 | 560 | 10/28/2024 - 21:15 | Portuguese | |
Poesia/General | ETERNA CURIOSIDADE | 2 | 643 | 10/26/2024 - 12:59 | Portuguese | |
Poesia/General | O QUE NUNCA VOU SABER | 0 | 710 | 10/26/2024 - 12:51 | Portuguese | |
Poesia/General | A LÓGICA E A VERDADE | 0 | 642 | 10/15/2024 - 17:41 | Portuguese | |
Poesia/General | O SONHADOR | 1 | 883 | 10/07/2024 - 11:55 | Portuguese | |
![]() |
Fotos/Nature | O GRITO DO SILÊNCIO | 0 | 326 | 09/30/2024 - 23:26 | Portuguese |
Poesia/General | ABDUZIDO (HUMOR) | 1 | 845 | 09/25/2024 - 15:05 | Portuguese | |
Poesia/General | RISCALHADA | 2 | 1.431 | 09/20/2024 - 14:28 | Portuguese | |
Poesia/General | INQUISIÇÃO MODERNA | 1 | 958 | 09/16/2024 - 16:20 | Portuguese | |
Poesia/Sonnet | UNIVERSO NOVO | 2 | 1.345 | 08/26/2024 - 16:04 | Portuguese | |
Poesia/General | INFERNO TAPERA (OBS.: - o correto é tapera e não "tapeça" como aparece no título). | 0 | 724 | 08/06/2024 - 15:39 | Portuguese | |
Poesia/General | A QUEM TEM MEDO DE AGOSTO | 0 | 1.015 | 08/01/2024 - 22:54 | Portuguese | |
Poesia/General | AUSÊNCIA DA LUZ DO SOL | 1 | 821 | 07/29/2024 - 21:22 | Portuguese | |
Poesia/General | APAGÕES | 2 | 982 | 07/20/2024 - 22:03 | Portuguese | |
Poesia/General | RIMAS QUÂNTICAS | 0 | 591 | 07/10/2024 - 17:25 | Portuguese | |
Poesia/General | CONTAGEM REGRESSIVA | 2 | 771 | 07/10/2024 - 17:03 | Portuguese | |
Poesia/General | PERIGO NO PENSAMENTO (DÉCIMAS) | 1 | 857 | 06/27/2024 - 15:00 | Portuguese |
Comments
Comentando
Teus trabalhos mostram
conteúde e concretude.
Leio tudo o que escreve.
J.Thamiel
RESPOSTA
Obrigado pelo comentário. Comecei a escrever já muito tarde e, até hoje não tinha uma opinião isenta sobre o meu trabalho, pois os amigos daqui, pela própria amizade próxima, mesmo se não gostam dizem o contrário. Alguns dizem que sou versejador, outros que faço crônica rimada.
Tua leitura e análise é muito valiosa para mim, por isso o meu muito obrigado.