L’âme de Mohammed / The soul of Mohammed

No começo do universo havia o vazio
o que havia antes nem eu sei
embora em cheio a imaginação
coloque um universo gigante
no coração enorme da gente

no começo o universo era frio e o caos
feio como breu mas eu e tu toda a gente
veio aquece-lo e o frio feio
passou a quente e muito quente
no começo até eu era, mas agora…
agora não sou tão feio sou gente

de nada serve a arte com censura
porque transforma em ração sem casca
a alma da gente e num existir inutil
do querer semelhante a clausura
e em coisa baça sem asas sem casta

de nada serve uma tesoura (minha)
sem o vosso cabelo a crescer
a ilusão de conseguir um dia
fazer um mundo melhor imprevisto
através de tentativa e fracasso

de nada serve um corte sem alma
mas cortar a alma nos faz fortes
se for por uma ideologia uma arte
por um esforço por uma vitoria
de nada serve uma fonte sem agua

uma promessa de sermos mais fortes
que castelos e ameias de verdade
mais fortes que trol\’s e montes em Marte
olimpus e mesmo que caixas fortes
de nada serve o horizonte sem o olhar

de nada serve a censura na arte
senão pra esta ficar pobre e triste
tão ou mais que a triste morte
de nada serve guardar a alma na gaveta
segura escura

do censurador no escuro e no pó
de nada serve um cofre sem alma
mas uma alma só pode abrir um cofre
e semear o mundo de razões e bravura
se tiver um brilho no olhar e um trilho na voz

Talvez um dia,prometo eu ..

Joel matos (01/2105)

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Friday, February 23, 2018 - 17:28

Ministério da Poesia :

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no começo até eu era, mas agora…

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