Um hóspede clandestino

A presença invisível da alma vagueia,
Por entre as sombras do entardecer.
Em cada esquina, em cada ideia,
O mundo tenta a essência entender.

Pessoas que vivem desencantadas,
Com olhares que perderam a cor,
Buscando respostas nas estradas,
Mas encontrando apenas o sabor amargo da dor.

O sonho é sempre um hóspede clandestino,
Entra sem pedir, sem fazer alarde,
No silêncio da noite, traça seu destino,
Sob o manto da lua, faz com que o peito arde.

Existem profetas que profetizam outras coisas,
Visões que vão além do que se vê,
Palavras misteriosas, propostas atrevidas,
Prometem ao coração o que o mundo não pode oferecer.

Mas em meio ao caos, à sombra do incerto,
Surge a esperança, um brilho que não se ofusca,
A presença da alma, sempre por perto,
Revela que viver é sempre o que se busca.

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

www.odairpoetacacerense.blogspot.com

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Thursday, September 7, 2023 - 10:30

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Odairjsilva

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