Jubileu e Martírio Contra os Muros
Réplicas cintilantes
Num vazio não especificado
Fomentam nossas conversas tolas
E não sei escutar
Sobre sua vida tão agitada
Cheia de idas e vindas
De crepúsculo em crepúsculo
Mãos frívolas rumo ao luar.
Eu consumo sempre o mesmo abismo
Não conseguindo escapar
De minhas farpas
Contigo, de madrugada
Do outro lado sangrando o passado
•... é quando minhas retinas falecem
E eu nem sei mais como usar
Os pronomes
Os poemas
Esperando-te
aflito, sob fonemas.
A minha vulgaridade disfarça
Cada gota frustrada
De vontade entre as vértebras
Disparidades conexas...
É, nossas vidas seriam diferentes
Como um cemitério sem estrelas
Como este frio em dezembro.
E eu sempre nego teu nome
Mesmo sabendo que
Cada espelho da manhã
Contém o orvalho da tua alma.
Não me convém tentar repentinamente
Afinal, é cômodo
Sentar-se e lograr o finito
Demasiadamente ríspido
Entre rochas e mãos atadas...
Pois bem, o destino aplicou seus golpes
E eu durmo novamente
Pensando em como faço
Pra recolher-me
Em teus braços.
Escrito em meados de 2006. Completa alusão ao nome de uma pessoa que foi MUITO importante em minha vida. Júlia Mariana Carvalho Marques.
Submited by
Poesia :
- Login to post comments
- 592 reads
Add comment
other contents of malentacchi
Topic | Title | Replies | Views |
Last Post![]() |
Language | |
---|---|---|---|---|---|---|
Poesia/Sadness | Notas Sobre a Condição Humana | 3 | 739 | 10/05/2009 - 21:22 | Portuguese | |
Poesia/Sadness | Sem Nome | 2 | 580 | 10/02/2009 - 04:42 | Portuguese | |
Poesia/Aphorism | Mais um Punhado de Versos Doentes | 2 | 730 | 09/29/2009 - 17:26 | Portuguese | |
Poesia/Dedicated | Versos Dedicados | 1 | 692 | 09/28/2009 - 13:03 | Portuguese | |
Poesia/Sadness | Da Escrita Doente | 1 | 520 | 09/28/2009 - 12:57 | Portuguese | |
Poesia/Sadness | Uma Canção Desastrosa | 3 | 619 | 09/24/2009 - 15:57 | Portuguese | |
Poesia/Sadness | Introspectivo. Demasiado Introspectivo | 2 | 905 | 09/24/2009 - 05:35 | Portuguese | |
Poesia/Haiku | Haikai Para Uma Noite Insone | 1 | 916 | 09/22/2009 - 10:42 | Portuguese | |
Poesia/Sadness | Altum Sapere Pericolosum | 2 | 831 | 09/22/2009 - 10:36 | Portuguese | |
Poesia/Joy | Poemeto com Final Feliz | 2 | 743 | 09/21/2009 - 07:59 | Portuguese | |
Poesia/Dedicated | Um Nome | 1 | 779 | 09/21/2009 - 07:58 | Portuguese | |
Poesia/Sadness | Da Eterna Procura | 5 | 614 | 09/20/2009 - 13:11 | Portuguese | |
Poesia/Sadness | Sobre a Solidão Destes Meses Aflitos... | 2 | 644 | 09/19/2009 - 06:12 | Portuguese | |
Poesia/Sadness | Versos Interrompidos Numa Noite Não Muito Distante | 3 | 940 | 09/19/2009 - 06:09 | Portuguese | |
Poesia/Sadness | Escatologia para uma Noite Minguante | 5 | 987 | 09/15/2009 - 06:29 | Portuguese | |
Poesia/Sadness | Mais um Poema Abortado Pelo Desconforto | 2 | 966 | 09/11/2009 - 09:04 | Portuguese | |
Poesia/General | Poema Antigo | 0 | 802 | 09/10/2009 - 05:04 | Portuguese | |
Poesia/Dedicated | Jubileu e Martírio Contra os Muros | 2 | 592 | 09/09/2009 - 17:48 | Portuguese | |
Poesia/Sadness | Um Verso Zumbi | 2 | 813 | 09/09/2009 - 17:47 | Portuguese | |
Poesia/Dedicated | Anfepramonalmente Descrevo Minhas Tardes | 1 | 882 | 09/08/2009 - 16:50 | Portuguese | |
Poesia/Sadness | Austero | 2 | 686 | 09/07/2009 - 01:45 | Portuguese | |
Poesia/General | E Num Rebanho de Idéias Mortas... | 2 | 621 | 09/07/2009 - 01:31 | Portuguese | |
Poesia/Sadness | Profilaxia Ineficaz | 1 | 774 | 09/06/2009 - 22:34 | Portuguese | |
Poesia/Dedicated | Pequenas Considerações Sobre a Realidade | 4 | 569 | 09/03/2009 - 22:10 | Portuguese | |
Poesia/Sadness | A Arte de Não Ser Proeza Alguma | 2 | 1.087 | 09/02/2009 - 17:06 | Portuguese |
Comments
Re: Jubileu e Martírio Contra os Muros
Malentecchi,
Belíissimo o seu poema! Todo ele é fantástico!
Parabéns! :-)
Re: Jubileu e Martírio Contra os Muros
DESTACO...
"É, nossas vidas seriam diferentes
Como um cemitério sem estrelas
Como este frio em dezembro.
E eu sempre nego teu nome
Mesmo sabendo que
Cada espelho da manhã
Contém o orvalho da tua alma.
Não me convém tentar repentinamente
Afinal, é cômodo
Sentar-se e lograr o finito
Demasiadamente ríspido
Entre rochas e mãos atadas...
Pois bem, o destino aplicou seus golpes
E eu durmo novamente
Pensando em como faço
Pra recolher-me
Em teus braços."
LINDO D+
ADOREI...
:-)