Jubileu e Martírio Contra os Muros
Réplicas cintilantes
Num vazio não especificado
Fomentam nossas conversas tolas
E não sei escutar
Sobre sua vida tão agitada
Cheia de idas e vindas
De crepúsculo em crepúsculo
Mãos frívolas rumo ao luar.
Eu consumo sempre o mesmo abismo
Não conseguindo escapar
De minhas farpas
Contigo, de madrugada
Do outro lado sangrando o passado
•... é quando minhas retinas falecem
E eu nem sei mais como usar
Os pronomes
Os poemas
Esperando-te
aflito, sob fonemas.
A minha vulgaridade disfarça
Cada gota frustrada
De vontade entre as vértebras
Disparidades conexas...
É, nossas vidas seriam diferentes
Como um cemitério sem estrelas
Como este frio em dezembro.
E eu sempre nego teu nome
Mesmo sabendo que
Cada espelho da manhã
Contém o orvalho da tua alma.
Não me convém tentar repentinamente
Afinal, é cômodo
Sentar-se e lograr o finito
Demasiadamente ríspido
Entre rochas e mãos atadas...
Pois bem, o destino aplicou seus golpes
E eu durmo novamente
Pensando em como faço
Pra recolher-me
Em teus braços.
Escrito em meados de 2006. Completa alusão ao nome de uma pessoa que foi MUITO importante em minha vida. Júlia Mariana Carvalho Marques.
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Comments
Re: Jubileu e Martírio Contra os Muros
Malentecchi,
Belíissimo o seu poema! Todo ele é fantástico!
Parabéns! :-)
Re: Jubileu e Martírio Contra os Muros
DESTACO...
"É, nossas vidas seriam diferentes
Como um cemitério sem estrelas
Como este frio em dezembro.
E eu sempre nego teu nome
Mesmo sabendo que
Cada espelho da manhã
Contém o orvalho da tua alma.
Não me convém tentar repentinamente
Afinal, é cômodo
Sentar-se e lograr o finito
Demasiadamente ríspido
Entre rochas e mãos atadas...
Pois bem, o destino aplicou seus golpes
E eu durmo novamente
Pensando em como faço
Pra recolher-me
Em teus braços."
LINDO D+
ADOREI...
:-)