O Poeta e seu tormento

Agora é madrugada,
Momento que nos agrada.
Caneta e papel se encontram.
Mais não caminham sós,
Trazem o medo do poeta,
Agarrado em seu pó.

Frente a frente afronta o Poeta

A sombra que lá vem,
Não pergunta por alguém.
Apenas senti a presença,
Da solidão que invadiu,
Tomou conta da crença,
Daquele que não riu.

Sai de mim – Diz o Poeta

Bato a tua porta – atenda
Sou fruto da sua mente – contenda
O muro que se levanta,
Não precisa de cimento,
Ergue-se com a voz que canta,
Não tenho sentimento.

Este mundo me pertence – Canta o Poeta

Aqui farei minha morada,
Vou junto em tua jornada.
Sei que vai esquecer de mim,
E quando não perceber,
Será o seu triste fim,
Vou te fazer esmorecer.

Lutarei e te vencerei – Gritou o Poeta

Sou muito mais que palavra,
Sou a voz que aqui se lavra.
Seja luz ou escuridão,
O papel em branco não ficará,
Sempre escreverei com o coração,
E você não mais existirá.

Adeus te dou Poeta – Chora em vão a solidão