Conversa, com o destino.
-Destino, fala comigo...
Tu não pareces, ser meu amigo!
Tudo, o que trazes, levas, contigo!
É, isso mesmo, o que eu te digo!
-Ouve aqui, ó apsferreira...
Esta vida, não é brincadeira!
Tudo o que eu faço, está escrito!
São coisas, que eu, próprio, dito.
-Pois, olha, aqui, ó destino...
Tu lembraste, daquele dia,
em que eu estava, cheio de alegria,
com a chegada, do meu primeiro menino?
-eheheh... "Nesse dia, eu me amarro"
Tu bebeste; bebeste... Até bateste, com o carro.
Nesse dia, tudo valia...
Cerveja; Whisky... - foi uma alegria...!
-Como tu és frio, ó destino...
Mas, para a próxima, eu me previno.
E de que me valeu, essa alegria,
Se me levas, agora, o último, embora,
e eu estou, ainda, mais sozinho, do que outrora...
Do, que eu estava, nesse dia?
-Ouve, aqui, ó apsferreira:
Já te disse, que, esta vida, não é brincadeira!
E achas, mesmo, que, se fazendo, essa cara, sofrida,
eles iriam, ficar, contigo, toda a vida?
-Olha, aqui, ó destino...
Eu já não estou achando graça!
Pareces, estar, a gozar, com a minha descraça...
Daqui a pouco, eu perco o tino!
-apsferreira, deixa de ser egoísta!
... deixa-os viver a sua vida.
Eles, sozinhos, vencem a corrida.
Basta-lhes, que conheçam a pista!
-Mas, eles, ainda, precisam, de mim...!
Este mundo, não é tão fácil, assim!
Sabes bem, como as coisas costumam a ser...
Quem é, que os vai proteger???
-apsferreira, tu ouve-me, aqui...,
pois, tu precisas, ainda, de ouvir mais!
O, que eles estão a fazendo, agora, a ti,
Tu próprio fizeste, com os teus pais!
-Mas, a coisa era diferente...
Nessa altura, havia muita gente!
Ninguém ficava sozinho.
Era, um tal entrar e sair.
O tempo: passava-se a rir
E, todos, tinham um carinho...
Mas, destino, tu tens razão.
Eu é, que sou fraco, de coração.
Eu diria: Um chorão!
E eu nunca quis entender,
que os meus filhos, estavam a crescer...
Tenho, mesmo, é que apagar estas brasas...
Esquecer, estes caprichos, meus.
E pedir, veemente, a Deus,
que lhes dê, umas boas asas.
-E podes ir tirando, essa cara de tédio...
Pois, para o que eu dito, não há remédio.
apsferreira
Retratos, da vida...
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Comments
Re: Conversa, com o destino.
Amor de pai e mãe é egoista, queremos sempre os filhos grudados em nós, só assim achamos que estão protegidos, porém, eles precisam se libertar, para aprenderem a lutar, para aprenderem a se defender, não somos eternos. Criamos nossos filhos para o mundo, como foi o destino de nossos pais. Abraços
Re: Conversa, com o destino.
LINDA TUA CONVERSA, COM TEU IMAGINADO DESTINO,GOSTEI MUITO!
Meus parabéns,
Marne
Re: Conversa, com o destino.
Olá Albano
Bonita a sua conversa com o destino...se bem que eu acredito que o destino é o campo de opções escolhidas pelo individuo
bjo :-)
Re: Conversa, com o destino.
Albano,
Sem palavras! Aplausos de pé! Que belíssimo texto este! Pareceu-me que falavas de mim... Este momento é difícil sim... MAs o destino tem sua palavra: o que diz é fato, não há remédio... Temos que aceitar e seguir em frente... Os filhos não são da gente... São do mundo...
Um forte abraço... Favoritos nele...