Eis, eis como jazem minhas entranhas

Eis, eis como jazem minhas fragas entranhas
Bota-me a mão… aonde?... nesta confissão!
Oh São Valentim, é orgia, é des.graça erosão
Obra vinda, pináculo de Santanás ...artes manhas

Vinde, vinde São Valentim estou, estou sem acção
Neste mar de penas inefável como a noite sem sons
Melodiosos em sono de mil pálpebras, feitas mil tons
Cinzas, negras como carvão, são pisadas como betão

Vede, vede São Valentim como ensaiam os rouxinóis
Seus versos,seus poemas,suas canções, cantos de amor
Entre seivas, entre mirras entre os lençóis de girassóis

São Valentim e eu...entre as carquejas entre o capim
Ohhhhh, olhai, olhai para esta saudade sem fôlego
Sem fôlego para arrancar templos em fragas...assim:

Eis, eis como jazem minhas entranhas!

Funchal, 11 de Fevereiro de 2010

Maria Luzia Fronteira

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Thursday, February 11, 2010 - 19:00

Poesia :

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Manuelaabreu

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Re: Eis, eis como jazem minhas entranhas

LINDO POEMA, GOSTEI MUITO!
Meus parabéns,
Marne

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