Sou uma réstia de mim
Sou uma réstia de mim
Sou uma réstia de mim
Perante aquilo que sou
Sobras, inicio de coisa alguma
Sou, (não) sendo,
O que serei alguma vez
É a certeza de um talvez.
Sou uma gota no oceano
Acorda de vez em quando
Na penumbra reflectida
Espelho irrealista
Sombra da imagem
Auto-blindagem.
Sou um grão de areia no deserto
Sou aquilo que nunca fui
Sou aragem que flui
Paragem no tempo escondido
Cronómetro avariado
No espaço perdido
Passado é aprendizado!
Mas quero Ser
Bailarina que em cima
De certezas navega.
Calçada na determinação
De ouvir o coração.
Mas quero Ser
Como folha ao sabor do vento
Como gotícula do imenso mar
Na plenitude do sentimento
Conjugando o verbo Amar!
Constantemente,
Para sempre.
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Tuesday, April 27, 2010 - 08:37
Poesia :
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Comments
Re: Sou uma réstia de mim
Betofelix,
Mais um comentário que me alegra! É uma honra receber a sua visita! :-)
Os medos bloqueiam-nos e impedem-nos o crescimento. São legitimos, mas torna-se necessário ultrapassá-los.
Beijo,
Clarisse
Re: Sou uma réstia de mim
Primeiro:
Excelente a foto no sentido lirico, de uma gaivota só, sobre o mar, sobre um barco, um tributo ao homem na sua solidão e uma homenagem à gaivota que o sobrevoa, a caminho de mais um dia de dávida.
O barco Rabelo, prova dos sonhos de outros tempos, orgulho das gentes do Norte, hoje apenas e tão só motivo de Turismo.Só...parado...para ser admirado
Segundo:
A réstia de ti, no que permanece em ti, deixa facilmente concluir a mestria sadia, que a construção bem pensada e bem concretizada revela.
Um mergulhar de cabeça ( como a gaivota o faz,em busca de sustento), em ti mesma, no que te consome, no que te alimenta.
Sou aquilo que nunca fui
Sou aragem que flui
Paragem no tempo escondido
Sabes exactamente quem tu és. Uma aragem de flui, em tempos vagos de ilusionismo abstrato nos outros, que te empurram, que te isolam.
O tempo que se esconde, e te evita de teus planos concretizares.
Resumindo:
Ah poeta, que bom é te ler assim.
Fantástico o conjunto. A construção, a imagem o cuidado e a mestria na evidência dos tempos que passam.
Gostei bastante!
Re: Sou uma réstia de mim
Mefistus,
Grande análise a sua! Não pela extensão do comentário, mas pelo significado das palavras, sentidas! Só posso me sentir muito honrada, (é como me sinto) e dizer-lhe, ah... como foi bom ler o seu comentário! :-)
Muito, muito agradecida e honrada!!!
Beijinhos,
Clarisse
Re: Sou uma réstia de mim
Olá, Clarisse,
Mais um belo trabalho teu, onde vejo a tua "Força de Ser". Amiga, todo o poema gira em torno do que se pensa ser em determinado momento, e da certeza de saber o que se quer Ser. E tu ÉS.
LINDA FOTO!!!
Favorito.
Um grande beijo,
Lila.
Re: Sou uma réstia de mim
Ah Lila, vc assim deixa-me sem condições... enternecida com o seu comentário! Será que SOU?! :-)
MUITO OBRIGADA!
Um grande abraço, amiga poetisa.
Clarisse
Re: Sou uma réstia de mim
Olá querida amiga Clarisse
É isso, somos tudo e não somos
nada perante a grandeza de um
todo...Mas precisamos ser o amor
e tudo vencer...
Lindo e reflexivo poema
A foto também é belíssima
Parabéns!
Beijinhos no coração
Re: Sou uma réstia de mim
Olá amiga Ângela!
As suas visitas são sempre maravilhosas...
Muito obrigada por todo o carinho. :-)
Beijinhos,
Clarisse