Resta esta lembrança
Eis que neste instante macabro eu vejo a diluição de quem sou
E sofro por quem não é a definição de proximidade
Eis que eu choro em lágrimas já inexistentes
Ainda tem em minha respiração o corte ofegante do oxigênio à razão
Tem lá tristeza; a que faz este silêncio parecer o ruído mais prejudicial que há para qualquer ouvido humano...
Qualquer... Eis que sou um qualquer
Pois minhas covalescências já deixaram de matar meu corpo
E minhas angústias até criaram risos de paz
Sou um qualquer... Um que sofre nas sombras perversas que demoram a ir e que é vivo a estas horas sem dormir
Sou este resto de mim... Resta esta triste lembrança sobre quem sou
Estás longe, muito longe meu amor
E eu, perto do inseticídio estou
Estás longe meu amor, muito longe de mim
E eu mexo este corpo para fingir que sou
Amado por mim
Resta esta lembrança de agora
Eu vivo numa ferida invisível chamada DESILUSÃO
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Comments
Re: Resta esta lembrança
robsondesouza :-)
Resta esta lembrança de agora
Eu vivo numa ferida invisível chamada DESILUSÃO
Sofrido, dorido mas???
muito lindooooo!!!
Abraço-luz
Re: Resta esta lembrança
Qualquer... Eis que sou um qualquer
Pois minhas covalescências já deixaram de matar meu corpo
E minhas angústias até criaram risos de paz...
Bom poema!!!
:-)
Re: Resta esta lembrança
"Sou um qualquer... Um que sofre nas sombras perversas que demoram a ir e que é vivo a estas horas sem dormir"
Lembrou-me Álvaro de Campos,
excelente.
Favoritos nele.
Muito bom ler-te.
Re: Resta esta lembrança
Olá caro poeta Robson
Nossa! Este poema chegou a doer...
Mas a desilusão seja ela qual
motivo seja sempre nos tráz
tristeza..Adorei
Beijinhos no coração