Sol de minha solidão
Amanhece o sol tímido no ocidente
já faz tanto tempo que não me sinto feliz
amanhece o sol invernal, porém refulgente
tal qual bálsamo lambendo cada cicatriz
E na luz baça deste louco amanhecer
volto a ser eu, começo a me reconhecer
dentro deste húmido abismo em mim
trespassa-me um raio, deste sol sem fim.
E por horizontes distantes, em pagos errantes
onde não estou eu, talvez um sonho, um querubim
englobam-me raios, suaves, sonoros, brilhantes
Irradiando calor, rubor e frescor de alecrim
Sou toque de sedução, ebulição de ventos distantes
sou satisfação, alvorada do sol que penetra em mim.
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Tuesday, June 29, 2010 - 15:00
Poesia :
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Comments
Re: Sol de minha solidão
A tristeza que pressinto nas tuas palavras
tem como paradoxo enraizada a beleza da tua
alma poética e inquieta.
Bj, Ana
Vóny Ferreira
Re: Sol de minha solidão
Acontecem amanheceres assim...
Onde a força da distância nos dá sol aos desamparos, inundando as nossas sombras daqueles raios brilhantes que nos fazem descobrir que o amor está mesmo ali na ponta dos nossos dedos.
Haja sol nos teus dias e amor pelas manhãs!
Beijos
Re: Sol de minha solidão
Muito me honras, finalmente, com teu comentário. Que bom que gostaste deste. Sim, espero que haja amor em minha vida, e na verdade há. Bem ali, ao alcance de minhas mãos, nos sorrisos dos raios de sol de cada manhã de luz que se anuncia em alvoreceres poéticos eternos feito um fugaz orgasmo solitário aprisionado em um verso. O Eu poético ama e vive tudo de uma forma mais intensa, imponderável e as vezes um tanto quanto irracional. A isso chama-se ser poeta, sentir a vida com intensidade, morrer a cada noite de insônia e ressuscitar em cada alvorecer de versos que trespassam a alma, amar o inexistente, sonhar com o impossível, idealizar um mundo de igualdades, derrubar muros da sociedade, revolucionar a vida a cada dia, em poesia.
Grata mais uma vez caro poeta.
BEIJO.
Re: Sol de minha solidão
Uma ponta de tristeza, mas de um sol lindo.
Gostei, beijo pra ti