Amo (Vladimir Maiakóvski)


Comumente é assim
Cada um ao nascer
traz sua dose de amor,
mas os empregos,
o dinheiro,
tudo isso,
nos resseca o solo do coração.

Sobre o coração
levamos o corpo,
sobre o corpo
a camisa
mas isto é pouco.

Alguém
imbecilmente
inventou os punhos
e sobre os peitos
fez correr o amido de engomar.
Quando velhos se arrependem.

A mulher se pinta.
O homem faz ginástica pelo sistema Mulher.
Mas é tarde.

A pele enche-se de rugas.
O amor floresce,
floresce,
e depois desfolha.

 

Vladimir Maiakóvski.

Submited by

Friday, January 14, 2011 - 02:20

Poesia :

No votes yet

AjAraujo

AjAraujo's picture
Offline
Title: Membro
Last seen: 7 years 2 weeks ago
Joined: 10/29/2009
Posts:
Points: 15584

Add comment

Login to post comments

other contents of AjAraujo

Topic Title Replies Views Last Postsort icon Language
Poesia/Dedicated Auto de Natal 2 4.551 12/16/2009 - 03:43 Portuguese
Poesia/Meditation Natal: A paz do Menino Deus! 2 6.166 12/13/2009 - 12:32 Portuguese
Poesia/Aphorism Uma crônica de Natal 3 4.860 11/26/2009 - 04:00 Portuguese
Poesia/Dedicated Natal: uma prece 1 3.655 11/24/2009 - 12:28 Portuguese
Poesia/Dedicated Arcas de Natal 3 6.494 11/20/2009 - 04:02 Portuguese
Poesia/Meditation Queria apenas falar de um Natal... 3 7.374 11/15/2009 - 21:54 Portuguese