Sinos (Alphonsus Guimaraens)

Escuto ainda a voz dos campanários
Entre aromas de rosas e açucenas,
Vozes de sinos pelos santuários,
Enchendo as grandes vastidões serenas...


E seguindo outros seres solitários
Retomo velhos quadros, velhas cenas,
Rezando as orações dos Septenários,
Dos Ofícios, dos Terços, das Novenas...


A morte que nos salva não nos priva
De ir ao pé de um sacrário abandonado
Chorar, como inda faz a alma cativa!


Ó sinos dolorosos e plangentes,
Cantai como cantáveis no passado,
Dizendo a mesma fé que salva os crentes!

Submited by

Saturday, January 15, 2011 - 11:20

Poesia :

No votes yet

AjAraujo

AjAraujo's picture
Offline
Title: Membro
Last seen: 6 years 33 weeks ago
Joined: 10/29/2009
Posts:
Points: 15584

Add comment

Login to post comments

other contents of AjAraujo

Topic Title Replies Views Last Postsort icon Language
Poesia/Dedicated Auto de Natal 2 2.563 12/16/2009 - 02:43 Portuguese
Poesia/Meditation Natal: A paz do Menino Deus! 2 4.136 12/13/2009 - 11:32 Portuguese
Poesia/Aphorism Uma crônica de Natal 3 3.357 11/26/2009 - 03:00 Portuguese
Poesia/Dedicated Natal: uma prece 1 2.520 11/24/2009 - 11:28 Portuguese
Poesia/Dedicated Arcas de Natal 3 4.261 11/20/2009 - 03:02 Portuguese
Poesia/Meditation Queria apenas falar de um Natal... 3 4.889 11/15/2009 - 20:54 Portuguese