Brasil com Z, zorra total


BRASIL COM Z, ZORRA TOTAL.
Por: Germano Gonçalves.

Em Brasília dezenove horas.
No Brasil dezenove milhões ou mais de cidadãos em frustrações com a tal e atual situação.
Nas vilas e periferias mais de dezenove mil crianças, sem o pão de cada dia e sem a esperança, vivendo da ilusão de um dia ter uma educação.
Descamisados de pés no chão, sem teto, sem terra, sem moral, sem liberdade, sem música, sem direito de ir e vir, sem jornal sem televisão sonhando com um prato de feijão, mas com a obrigação de seguir um patrão.
Dezenove milhões de trabalhadores que cumpri todos os dias, sem saber se são bom ou ruim seu dever e direitos civis e políticos de um Estado, sendo subordinados em funções iguais ou piores dos tempos de escravidão.
Um só poder que não quer cumprir o seu dever.
Só podemos ver, não temos o direito de querer.
Só podemos fazer, não temos o direito de ter.
Só podemos ouvir, dizem que podemos falar, mas é só começar, para nos calar.
Sempre tentando nos embrandecer com está tal de democracia.
Sempre nos dizem que a luta era dura por causa da velha ditadura.
Uma coisa é certa a vida só é justa e sem impunidade, digna de verdade quando todos nós ainda estamos na barriga.
É assim e assim sempre será!
Porque acreditarmos num Brasil legal.
Se ainda temos que passar pelo real, e ainda não passamos por coisa alguma, sempre aparece uma coisa no caminho e o caminho é longo, pois desde que as histórias se formaram estamos num mar de lamas.
E o poder não nos deixa sair, forma-se um poder a qual todos têm que se a sujeitar ou entra pela mesma porta ou sai pelas portas do fundo para o exterior do mundo.
O poder já vem desde o princípio da humanidade, não é preciso voltar tão longe assim, veja os bandeirantes que abriam as estradas no meio das matas atrás de esmeraldas, distanciaram os verdadeiros donos das matas e terras, mostrando a eles que eram capazes de colocar fogo na água.
E nos tempos dos reis e rainhas, as tais imperatrizes já se começavam a empinar os narizes.
E para com os habitantes era duas moedas para os impostos e três para os bolsos.
Nos tempos dos coronéis que mostravam suas armas e tiravam os chapéus, saboreando os seus idolatrados charutos impunham suas malvadas ordens, sobre homens que suavam em suas fazendas e que não podiam dever em suas venda.
Nos tempos dos generais que davam toques de recolher aproveitando para esconder os heróis que queriam aparecer, do tão falado milagre brasileiro quando jogavam toda sujeira para dentro das túnicas que caracterizavam como uniformes militares.
Mais de dezenove milhões e muito mais, querendo acreditar quando tudo parece que vai decolar;
PARE! Onde vocês pensam que vão?
O salário não vem.
O trem parou o hospital fechou a empresa mudou.
A escola os alunos abandonou porque o professor se revoltou.
E a comida acabou!
A multidão se exaltou.
E a disciplina do poder nos prendeu e condenou.
Por laços morais que a maioria discordou.
E por fim tudo ficou pairando sobre nossas cabeças.
Os valores foram vendidos e o que conquistamos foi perdido. Até o direito de termos orgulho nos foi tirado e os estranhos foram beneficiados.
O ouro e as pratas, os verdes e as matas.
Acabaram em mãos erradas.
O que querem é nos convencer de que USA, também é com Z.
O poder diz que paga pra você.
Você paga pra nascer, viver e morrer.
Você lutou, lutou tanto, mas perdeu a guerra, sem explicação do porque de toda confusão.
Quando morreu tudo acabou e tudo que conquistou, lutou ou realizou para o poder voltou.
Não dá para explicar o que querem é complicar.
Estamos atordoados sendo bombardeados, não com bombas e canhões, mas sim com palavras, frases e acontecimentos colocados da maneira que não queremos ouvir ou fazer, pois queremos é ação não que escondem a realidade da nação.
Todos os anos têm carnaval e futebol para encobrir todo o mal e que não podemos avançar o sinal.
De quatro em quatro ano o Brasil vai para o mundo sem saber que estamos de quatro enquanto o poder foge pelo fundo.
E sem contar às eleições que vem com suas ideologias de que tudo tem solução, para tampar a boca de quem já não tem dentes nem para mastigar o pão, e ainda sem poder tomar um banho decente e escovar os dentes.
A realidade vai de mal a pior, mas dizem que o mal deve ser cortado pela raiz, Ainda há uma esperança porque só esta legal enquanto não cortarem o cordão umbilical.
Coisas deste Brasil com Z.
Coisas de Adão.
Coisas da Religião.
Coisas de comercialização.
Coisas do Cabral.
Coisas que fugiram.
Coisas do pau-brasil.
Coisas da terra.
Coisas do Brasil.
Coisas que do índio sumiu.
Coisas de presidente.
Coisas de vender.
Coisas de F.H.C.
Coisas de patriota.
Coisas de momento.
Coisas da hora.
Coisas de Brizola.
Coisas de políticos.
Coisas do bicho.
Coisas do jogo.
Coisas do povo.
Coisas que mentem.
Coisas de A.C.M.
Coisas da saúde.
Coisas que te enterra.
Coisas do Serra.
Coisas da escola.
Coisas sem amparo.
Coisas que não cola.
Coisas do trabalho.
Coisas de maus tratos.
Coisas dos sindicatos.
Coisas da escravidão.
Coisas dos tempos de servidão.
Coisas de patrão.
Coisas da alimentação.
Coisas que some.
Coisas da fome.
Coisas de dialogo.
Coisas de Inácio.
Coisas da família.
Coisas de Brasília.
Em Brazília com Z, dezenove horas e um minuto, para a queda da justiça.

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Saturday, February 19, 2011 - 14:55

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O urbanista concreto

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