ARTIGO: DEUS E A FILOSOFIA
Desde os primórdios da Filosofia que os filósofos tentam, de varias formas e com teorias distintas, definir quem é Deus. Utilizando princípios Físicos, Metafísicos, Espirituais e Intuitivos, esses pensadores lançaram idéias sobre Deus que analisadas causam um turbilhão de dúvidas até mesmo para pessoas esclarecidas. Nos seus estudos, o ateísmo está mesclado com a crença, e a discórdia entre eles próprios deixa transparecer que esse princípio de todas as coisas está ainda, impossível de ser definido.
O Filosofo SÓCRATES, acreditava em um só Deus e tinha esperanças de que a morte não iria destruí-lo por completo.
PLATÃO citou: “A crença em Deus se acrescenta à crença na imortalidade pessoal. A esperança de outra vida nos dá coragem para enfrentar a nossa morte e suportar a dos nossos entes queridos”.
ARISTÓTELES disse: “Existe um Deus”, e aborda esse Deus a partir do movimento: “Como começa o movimento”? Indaga esse filosofo. Depois define: “O movimento tem uma fonte, um agente motor imóvel, um ser incorpóreo, indivisível, sem espaço, assexuado, sem paixão, perfeito e eterno. Deus não cria o mundo, mas o movimento, e o movimento não como uma forca mecânica. Deus é o motivo de todas as ações do mundo. Ele é a causa final da natureza, o impulso e o propósito das coisas, a forma do mundo, o principio da vida, a soma dos processos e poderes vitais”. E conclui: “Ele é pura energia.”
Segundo SPINOZA:”Deus e os processos da natureza são um único ser, agindo por necessidade e segundo sua lei invariável. Tudo está em Deus. Tudo vive e tudo se movimenta em Deus. As leis universais da natureza e os eternos decretos de Deus são a mesma coisa.” E contestou dizendo: “Estão enganados aqueles que dizem que meu propósito é mostrar que Deus e a natureza, esta entendida por eles, como uma massa de matéria corpórea, são uma e a mesma coisa. Eu não tive essa intenção”. E conclui: “A mente de Deus é toda a mentalidade que se encontra espalhada pelo espaço e pelo tempo, a difusão consciente que anima o mundo.”
FRANCIS BACON, embora mais de uma vez acusado de ateu, mostra em sua filosofia repúdio à descrença. “Acredito que a estrutura universal tenha uma mente. Um pouco de filosofia leva a mente do homem para o ateísmo, mas a profundidade em filosofia conduz a mente dos homens à religião.” Citou o filósofo.
VOLTAIRE, que nega os milagres e a eficácia sobrenatural da oração, acreditava numa Providência Geral, que estabeleceu desde a eternidade a lei que governa as coisas.
“Existe um ser necessário, Deus como a pressuposição de toda a realidade,” diz IMMANUEL KANT, e HEGEL cita: “Deus é o sistema de relação no qual todas as coisas se movem e tem sua existência e seu significado.”
SPENCER, com sua teoria do incognoscível, argumenta que toda teoria da origem do universo nos leva a inconceptibilidades. E cita: “O ateu tenta pensar em um mundo auto-existente, não causado e sem começo, mas nós não podemos conceber qualquer coisa sem começo e não causada. O teísta limita-se a fazer a dificuldade recuar um passo, e ao teólogo que diz: Deus fez o mundo, vem a irrespondível pergunta da criança: Quem fez Deus? Todas as idéias religiosas básicas são logicamente inconcebíveis.”
HENRI BERGSON, filósofo contemporâneo, argumenta que: “Deus e a vida são a mesma coisa. Essa vida persistentemente criativa, da qual cada indivíduo e cada espécie é um experimento.”
Com essa infinidade de teorias antagônicas lançadas pelos filósofos, fica difícil unificar e resumir em um só pensamento uma idéia básica sobre Deus.
Não devemos, no entanto, deixar de fazer nossos próprios estudos e tirar nossas próprias convicções a respeito de Deus, com a ressalva de que se trata de um tema infinitamente complexo, sobrenatural e indecifrável.
“Em relação aos filósofos, não devemos tomar como verdade todos os seus pensamentos, posto que, são seres como nós, mortais, e não têm capacidade para discernir e afirmar quem é DEUS.”
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