MAIS QUE PERFEITO

Quero demência, liquefeita em dúvidas
A mim preso, um amor de evidências
Que fatalidade saiba dar, às aparências
Às Consequências, vagos tons de eruditas

Que assim, de tão ditas e não ditas
Ao mais distraído ou atento ouvido
Possam, volvido tempo, ser desditas

Nada mais, que explosiva verdade
Que debalde, eruptiva puberdade
Se torne urgente em minudências

Alteração substantiva de evidências
Que pela urgência das aparências
Torne verdade, hoje, o que jamais fora dito… 

Um amor assim, de evidências
Que saiba dar rasgo, às aparências
Consequências de papoila, flor, bem entendido…

Essência de fumos, odores de urgência
Que à vida dê efervescência
Que das dores, faça flores
Das lutas, novas conquistas
Novos caminhos, novos sabores…

Que endireite o que nasce torto
Que mude, a meus olhos, as cores
Que às dores conceda o direito
De, a preceito, se divertirem sem corpo

E que por fim, em jeito de aliviado aviso
Traga assim, moral às aparências 
Que saiba dar à pele, um tom vivo
Qual camaleão atento, às emergências…

Um amor que assim, me tire das más influencias…

RZorpa