A Liberdade Feminina

 

Há homens que se julgam donos das mulheres. Sejam maridos ou simples namorados, alguns sentem-se no direito de retirar às suas companheiras qualquer pedaço de privacidade que elas possam ter… Esses homens, quais donos de escravos, mexem em tudo o que é privado e propriedade delas. Lêem os diários, depósito de pensamentos íntimos e desabafos que apenas a elas dizem respeito. Ninguém, por mais próximo que seja, tem o direito de espreitar esses aposentos da alma, que tão íntimos são… No entanto, mulheres há que permitem aos seus companheiros tal usurpação dos direitos da privacidade… por Amor… por Compaixão… Por medo… Ou simplesmente porque não lhe conseguem dizer Não… Mas não são só os diários as únicas vitimas destes curiosos sem moral. Há outros aspectos em que eles não respeitam a privacidade das mulheres. Vamos falar deles um a um. Um dos aspectos mais flagrantes está relacionado directamente com os telemóveis. O registo de chamadas e a caixa de mensagens são assaltados diariamente mais do que uma vez. Tudo por medo de traições ou simplesmente porque o bichinho da curiosidade é mais forte do que eles, ao ponto de não respeitarem nada nem ninguém no seu espaço… Principalmente a pessoa que mais deviam respeitar… a sua mulher ou namorada.
Mais uma vez repito… Há homens que se assemelham com comerciantes e donos de escravos no que diz respeito às suas companheiras. Exigem um respeito que muitas vezes não merecem, e são os primeiros a faltar a esse respeito que tanto exigem. As mulheres que estão com esses homens ainda não aprenderam a emancipar-se… a libertar-se do jugo da submissão em relação ao sexo oposto… essas mulheres ainda não aprenderam a dizer não quando os seus companheiros lhes pedem (muitas vezes em tom de exigência) as palavras passe de acesso a emails pessoais. Algo que devia ser pessoal, privado, inacessível a estranhos mas também a conhecidos… Há coisas em que a mulher, mais do que o homem, precisa de privacidade. Seja no diário, no telemóvel, no email ou numa cabana isolada no meio da floresta, ela precisa de um lugar que lhe pertença só a ela. Um lugar onde ninguém, mas mesmo ninguém consiga entrar. Um lugar onde só os seus sentimentos e os seus pensamentos pairem no ar… onde só a sua voz se ouça e faça ouvir… um lugar onde se sinta livre para ser… mulher… Sem nenhum homem por perto para atrapalhar…

25 de Junho de 2011
António Fonseca
 

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Saturday, June 25, 2011 - 18:12

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Antonio Fonseca

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Primeiramente gostaria de

Primeiramente gostaria de elogiar o construtivo e realistico pensamento. Parabéns!

É lamentável a triste realidade, entretanto vale resaltar que enquanto as mulheres não se derem valor os homens também não lhe darão!

 

                                                                                            MEUS PÊSAMES!

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Antes de mais obrigada pelo

Antes de mais obrigada pelo comentário... na minha opinião o que descrevo aqui é talvez a última corrente psicológica que liga a Mulher à submissão sexual e intelectual... Penso também que nada fizeram ainda para se libertar porque ainda não perceberam que estão presas... uma prisão psicológica mas ainda assim, uma prisão...

mais uma vez obrigada

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