Rapaz de Pedra
Vivia sorridente,
O belo rapaz de pedra.
Desconhecendo o porquê de contente,
Sorria sempre por qualquer merda...
Petrificava ao som do vento,
Tentava sentir o ar que passava.
Chorava com mau tempo,
Quando uma gota nele respingava.
Era esta a verdadeira alegria,
Cada vez que o rapaz chorava.
A beleza de um dia,
Em que a chuva o molhava.
Esperando uma aurora radiante,
Em que a chuva deixa-se de ser motivo.
Aguardava expectante,
Que numa lágrima, se visse um sorriso.
Chorou-lhe o céu em resposta,
Espairecendo o sofrimento.
As lágrimas penetraram a sua rocha,
Nascendo-lhe um flor por dentro.
Sentiu-se verdadeiramente vivo,
Com alegria pura e constante.
Agora tudo faria sentido.
Viver seria o mais importante.
Enraizava-se no seu interior,
Protegida pelo corpo rochoso.
Uma adoração... uma espécie de amor.
Um sentimento impiedoso.
Cresceram as raízes dentro do rochedo,
Entre palavras doces e habituação.
Lado a lado com o medo,
Que tudo fosse apenas ilusão.
Transformaram-se as raízes em veias,
Cada pétala num novo sentimento
O aroma em ideias.
Que se desgastaram ao longo do tempo.
A flor era matreira,
(Talvez involuntariamente)
Tornou fixa a ideia
Que fugir a faria contente.
Um dia sem se aperceber,
(Porque ingénuo é o que ele era)
Fugiu uma flor sem nada a dizer
Ficando apenas um Rapaz de Pedra
E porque era um Rapaz de Pedra,
Decidiu não chorar mais,
Sorriria sempre por qualquer merda!
Viessem chuvas... sois... ou vendavais...
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