Prato das tardes de Bordô

Acordei sentei-me à mesa
E instei ao ar
A janela
Para tomar o café de imagens imersas
Do outro lado da rua...

Vê lá, oh dona formosa com garças de seda
Espalhadas pelas lisas estrelas de pele nos seios
A salvar todos os grandes astros namorados
Vizinhos da lua e da serra dos Ciúmes
Com tormentas bravias pelas constelações

Sabores beges soltos nos eixos da beleza
Sob gotas que levam anos para encontrar chãos
Sob céus já esgotados de tão copulados,
Desde as inocentes jangadas da visagem.

Vê lá, oh dona formosa com preguiças brejeiras,
Acolhe este lugar,
Cor de
Planícies vítreas porões de céus alados,
Os pássaros cantam a nossa língua
E a montanha hospeda
De braços feitos de aconchego e deleite outonal,
Nos pensamentos que não morrem,
Nos sérios faz-de-conta soletrados,
Nos portões que se abrem sozinhos,
Na beleza das flores do mar.

O alimento é servido em pratos bordôs,
Todos são santos deuses & silêncio,
São músicas danças verões invernos,
São pombos flanando à captura dos astros do cosmo,
São varandas e eternas belas visões,
São amorosos beijos para sempre,
Para sempre.,

Submited by

Martes, Junio 19, 2012 - 17:00

Poesia :

Sin votos aún

Alcantra

Imagen de Alcantra
Desconectado
Título: Membro
Last seen: Hace 9 años 21 semanas
Integró: 04/14/2009
Posts:
Points: 1563

Add comment

Inicie sesión para enviar comentarios

other contents of Alcantra

Tema Título Respuestas Lecturas Último envíoordenar por icono Idioma
Críticas/Libros Quando Nietzsche chorou - Irvin D. Yalom 0 1.754 11/19/2010 - 02:40 Portuguese
Críticas/Cine O LIBERTINO 0 1.357 11/19/2010 - 02:40 Portuguese
Críticas/Libros ULISSES de JAMES JOYCE 0 1.368 11/19/2010 - 02:40 Portuguese
Prosas/Drama Idas da Volta que ainda não sou 0 1.579 11/19/2010 - 00:05 Portuguese
Prosas/Otros Apenas num jornal 0 886 11/19/2010 - 00:03 Portuguese
Prosas/Drama Saliva ácida 0 1.583 11/18/2010 - 23:56 Portuguese
Poesia/Meditación A hipocrisia do verme 0 1.516 11/17/2010 - 23:53 Portuguese
Poesia/Amor Simplesmente Ela 4 647 09/11/2010 - 01:47 Portuguese
Poesia/General Emulação da candura 2 613 09/09/2010 - 17:20 Portuguese
Poesia/General Falésias debruçadas 4 792 08/28/2010 - 16:31 Portuguese
Poesia/Aforismo Rubra Janela da tarde 2 720 07/30/2010 - 18:42 Portuguese
Poesia/Intervención Ziguezagueia destino ziguezagueante 3 448 07/18/2010 - 14:12 Portuguese
Poesia/General Os trilhos estão indo... 3 574 07/05/2010 - 04:27 Portuguese
Poesia/General Laços da língua 1 615 06/18/2010 - 02:22 Portuguese
Poesia/Aforismo Arma que se arma 1 679 06/02/2010 - 17:06 Portuguese
Poesia/General Último dia Último 7 636 05/26/2010 - 19:35 Portuguese
Poesia/General A poesia está morta 2 517 05/15/2010 - 04:21 Portuguese
Poesia/General A privada do gigante 1 797 05/09/2010 - 22:32 Portuguese
Prosas/Otros A criação do Demônio Interior 1 1.075 04/26/2010 - 19:19 Portuguese
Poesia/General Triste aperto de mãos 5 667 04/22/2010 - 23:29 Portuguese
Poesia/Intervención Entretanto, vicissitudes... 4 704 04/19/2010 - 16:18 Portuguese
Poesia/General Selo de poesia 5 834 04/12/2010 - 16:16 Portuguese
Poesia/Intervención Ferro quente 5 734 04/10/2010 - 18:33 Portuguese
Poesia/Amor Cativo 4 930 04/06/2010 - 00:36 Portuguese
Poesia/General Colar boca a boca - Soltar boca da boca 3 604 03/31/2010 - 19:55 Portuguese