Com o fim de ser feliz.

Demiti a razão real, com fim de ser feliz
Mas deixei um Gogol a cismar com os dedos
Das mãos e não fiz o que me enunciei
Ao maioral dos fracassados homens

Nada do que faço me faz o pensar gordo
E não m’espanto como qualquer um, gozo
Com a ciência como vício e a emoção,
-“Coisa de moles”, que deveria “dar prisão”

(De ventre).Temerário por definição,
Nas palavras que exprimem quem sou-não,
Pois revolta-me ter, todos os dias de igual,
A camisola e os botões da braguilha abertos.

Com o fim de ser feliz, tomei o café da manhã,
Um expresso, (o melhor desde que me conheço)
De braços abertos, entrei no obediente que sei existir
Em mim e que me leva ao sétimo andar direito

Do prédio por acabar e o Senhor deixou por-bem
Meio-aberto. Quem me conhece sabe que dedico
O meu nariz a sondar comigo, o meio onde vivo,
O que o cheiro me revela, torna-se ópio pego ao céu-

Da-boca e no umbigo meu e a razão da felicidade,
Quer seja ou não perceptual ou comum extracto vegetal.,
Que da natureza fui buscar. Sou feliz porque não penso,
Abdiquei espontaneamente dos baraços da alma,

Da mesquinhez de Sacrossantas afeições e símbolos,
Deixei-os…com o fim de ser feliz.

Joel Matos (10/2014)

http://namastibetpoems.blogspot.com

Submited by

Viernes, Febrero 23, 2018 - 18:49

Ministério da Poesia :

Su voto: Nada Promedio: 5 (1 vote)

Joel

Imagen de Joel
Desconectado
Título: Membro
Last seen: Hace 3 semanas 4 días
Integró: 12/20/2009
Posts:
Points: 42009

Comentarios

Imagen de Joel

Com o fim de ser feliz, tomei o café da manhã, Um expresso, (o m

Com o fim de ser feliz, tomei o café da manhã,
Um expresso, (o melhor desde que me conheço)

Add comment

Inicie sesión para enviar comentarios

other contents of Joel

Tema Título Respuestas Lecturas Último envíoordenar por icono Idioma
Poesia/General Não mudo 0 1.458 01/13/2011 - 13:53 Portuguese
Prosas/Lembranças Cruz D'espinhos 0 6.139 01/13/2011 - 12:02 Portuguese
Prosas/Contos Núri'as Ring 0 1.810 01/13/2011 - 12:01 Portuguese
Poesia/Fantasía Roxxanne 0 3.115 01/13/2011 - 12:00 Portuguese
Poesia/General Oração a um Deus Anão 0 3.750 01/13/2011 - 11:58 Portuguese
Prosas/Saudade O-Homem-que-desenhava-sombrinhas-nas-estrelas 0 1.947 01/13/2011 - 11:57 Portuguese
Poesia/General O fim dos tempos 0 3.024 01/13/2011 - 11:52 Portuguese
Poesia/General Terra á vista 1 1.111 01/13/2011 - 02:13 Portuguese
Prosas/Lembranças sete dias de bicicleta pelo caminho de Santiago francês 0 5.538 01/13/2011 - 00:58 Portuguese
Poesia/General Não sei que vida a minha 1 1.006 01/12/2011 - 22:04 Portuguese
Poesia/General o céu da boca 0 2.257 01/12/2011 - 16:50 Portuguese
Poesia/General Dispenso-a 0 1.378 01/12/2011 - 16:38 Portuguese
Poesia/General estranho 0 3.451 01/12/2011 - 16:36 Portuguese
Poesia/General comun 0 2.410 01/12/2011 - 16:34 Portuguese
Poesia/General desencantos 0 1.488 01/12/2011 - 16:30 Portuguese
Poesia/General Solidão não se bebe 1 1.527 01/12/2011 - 03:11 Portuguese
Poesia/General Nem que 3 1.676 01/11/2011 - 11:39 Portuguese
Poesia/General Manhã Manhosa 2 2.048 01/11/2011 - 11:25 Portuguese
Poesia/Erótico Seda Negra 1 1.257 01/11/2011 - 00:19 Portuguese
Poesia/Meditación Om... 1 4.369 01/11/2011 - 00:11 Portuguese
Poesia/General VOLTEI 2 3.932 01/11/2011 - 00:09 Portuguese
Prosas/Mistério O Chico Das Saias 0 3.761 01/09/2011 - 21:26 Portuguese
Prosas/Lembranças Nunca Mais 0 2.044 01/09/2011 - 21:22 Portuguese
Prosas/Lembranças Versus de Montanya Mayor 0 4.894 01/09/2011 - 21:20 Portuguese
Prosas/Contos Free Tibet 0 2.454 01/09/2011 - 21:14 Portuguese