Na extrema qu’esta minh’alma possui.

Se a alma fosse minha extrema
E eterna a clareza que cresce,
Ao longo de meus dedos,
Mesmo de olhos vendados,

O terreno ermo vizinho,
Seria planície, solo arável,
Mas por sorte, ou sem ela,
Nada sou, nem orvalho,

Quanto mais destino
Avençado, paixão fértil,
Sou um sem terra, grelo eunuco,
Onde o deserto é chão nu,

Fecham-se-me os olhos,
Suspendo a natureza esta,
Renego a álea e o caminho
Estéril do trabalhador

Sem trabalho, cansado
De atar a alma ao extremo
De si mesmo, como um mastro
Na distante lua.

Gracejo com o espelho,
Inexplicável ilusão de velho,
Ou um sentido solto,
Que desconheço.

O que poderei dizer,
Pra que me entenda
Eu, que nem falar sei,
E o ver-se me acaba

Na extrema qu’esta
Minh’alma possui.

Joel Matos (10/2014)
http://joel-matos.blogspot.com

Submited by

Sábado, Marzo 3, 2018 - 10:55

Ministério da Poesia :

Su voto: Nada Promedio: 5 (1 vote)

Joel

Imagen de Joel
Desconectado
Título: Membro
Last seen: Hace 2 días 13 horas
Integró: 12/20/2009
Posts:
Points: 42103

Comentarios

Imagen de Joel

.

.

Imagen de Joel

.

.

Imagen de Joel

.

.

Imagen de Joel

.

.

Imagen de Joel

Sem trabalho, cansado De atar

Sem trabalho, cansado
De atar a alma ao externo

Imagen de Joel

Sem trabalho, cansado De atar

Sem trabalho, cansado
De atar a alma ao externo

Imagen de Joel

Sem trabalho, cansado De atar

Sem trabalho, cansado
De atar a alma ao externo

Imagen de Joel

Sem trabalho, cansado De atar

Sem trabalho, cansado
De atar a alma ao extremo

Imagen de Joel

Gracejo com o

Gracejo com o espelho,
Inexplicável ilusão de velho,

Imagen de Joel

Gracejo com o

Gracejo com o espelho,
Inexplicável ilusão de velho,

Add comment

Inicie sesión para enviar comentarios

other contents of Joel

Tema Título Respuestas Lecturas Último envíoordenar por icono Idioma
Poesia/General Sombras no nevoeiro 0 3.667 02/16/2013 - 21:59 Portuguese
Poesia/General o dia em que o eu me largou 2 1.757 12/30/2011 - 12:24 Portuguese
Poesia/General ciclo encerrado 0 3.199 03/11/2011 - 22:29 Portuguese
Ministério da Poesia/General gosto 0 4.349 03/02/2011 - 15:29 Portuguese
Poesia/General A raiz do nada 0 2.549 02/03/2011 - 20:23 Portuguese
Poesia/General Tão íntimo como beber 1 1.243 02/01/2011 - 22:07 Portuguese
Poesia/General Gosto de coisas, poucas 0 2.876 01/28/2011 - 17:02 Portuguese
Poesia/General Luto 1 4.009 01/15/2011 - 20:33 Portuguese
Poesia/General Não mudo 0 2.709 01/13/2011 - 12:53 Portuguese
Prosas/Lembranças Cruz D'espinhos 0 8.659 01/13/2011 - 11:02 Portuguese
Prosas/Contos Núri'as Ring 0 4.656 01/13/2011 - 11:01 Portuguese
Poesia/Fantasía Roxxanne 0 4.215 01/13/2011 - 11:00 Portuguese
Poesia/General Oração a um Deus Anão 0 6.104 01/13/2011 - 10:58 Portuguese
Prosas/Saudade O-Homem-que-desenhava-sombrinhas-nas-estrelas 0 4.237 01/13/2011 - 10:57 Portuguese
Poesia/General O fim dos tempos 0 4.932 01/13/2011 - 10:52 Portuguese
Poesia/General Terra á vista 1 2.540 01/13/2011 - 01:13 Portuguese
Prosas/Lembranças sete dias de bicicleta pelo caminho de Santiago francês 0 9.035 01/12/2011 - 23:58 Portuguese
Poesia/General Não sei que vida a minha 1 1.709 01/12/2011 - 21:04 Portuguese
Poesia/General o céu da boca 0 4.250 01/12/2011 - 15:50 Portuguese
Poesia/General Dispenso-a 0 2.341 01/12/2011 - 15:38 Portuguese
Poesia/General estranho 0 4.466 01/12/2011 - 15:36 Portuguese
Poesia/General comun 0 3.882 01/12/2011 - 15:34 Portuguese
Poesia/General desencantos 0 2.034 01/12/2011 - 15:30 Portuguese
Poesia/General Solidão não se bebe 1 3.244 01/12/2011 - 02:11 Portuguese
Poesia/General Nem que 3 2.803 01/11/2011 - 10:39 Portuguese