A Lenda da Prostituta Rose Morena

Chegou a primavera e o rio Paraguai estava vazio
Foi quando ela chegou na Princesinha do Rio Paraguai
Usava uma blusa cinza com capuz
Short curto a revelar as pernas sensuais.
Não usava joias, nem anéis
Apenas deixava os cabelos soltos.
Nem ligou muito para o olhar de desaprovação
Do homem com a bíblia nas mãos;
Nem para o desdém da mulher de vestido longo.
Na lanchonete pediu um risole e um suco natural
O garçom pediu-lhe o número do Whatsapp
Para arrumar-lhe clientes, caso precisasse.
Na sua timidez parecia ser de pedra seu coração.
Os dias passaram e ela dançava
No Khurral, Ponto G e Curú
E todos a olhavam com olhares de desejo.
A vida era uma festa
Isso é o que pensavam dela.
Estava sempre feliz
Seu sorriso encantador
Seduzia mais que seu belo corpo
Esculpido pelo Criador.
Ninguém sabia
Mas, às vezes ela chorava pelas madrugadas
Até o dia em que ficou doente.
Em seu coração havia uma saudade
Saudades de um amor
Que há muito se fora.
Usava um vestido preto colado ao corpo
E escondeu às lágrimas.
Na praia do Daveron,
Final de tarde, nadou sozinha.
Parecia querer lavar a alma
E ninguém notou suas lágrimas.
A primavera se foi
E ela também.
Alguns dizem que ela foi para o inferno
Mas, que não foi aceita por lá.
Sua alma tão bondosa
Merecia o paraíso.
E ela vaga silenciosamente pelo espaço
Às vezes, o vento que sopra,
Às margens do rio Paraguai
Traz o seu perfume delicioso.
Houve um tempo em que eu era puro
Ela via que eu era mau
E, mesmo assim, ela me amou.

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

www.odairpoetacacerense.blogspot.com

Submited by

Jueves, Junio 27, 2019 - 22:40

Poesia :

Sin votos aún

Odairjsilva

Imagen de Odairjsilva
Desconectado
Título: Membro
Last seen: Hace 6 horas 43 mins
Integró: 04/07/2009
Posts:
Points: 15419

Add comment

Inicie sesión para enviar comentarios

other contents of Odairjsilva

Tema Título Respuestas Lecturas Último envíoordenar por icono Idioma
Poesia/Amor Permita-me 6 170 03/21/2024 - 11:51 Portuguese
Poesia/Dedicada À beleza do verso 6 1.052 03/21/2024 - 20:00 Portuguese
Poesia/Intervención O espelho da realidade 6 477 03/22/2024 - 13:17 Portuguese
Poesia/Desilusión Entre as sombras da noite 6 1.058 03/23/2024 - 14:32 Portuguese
Poesia/Intervención Senso crítico nebuloso 6 515 03/24/2024 - 13:39 Portuguese
Poesia/Intervención A insensatez da guerra 6 455 03/25/2024 - 19:49 Portuguese
Poesia/Desilusión Agora o coração reclama 6 428 03/26/2024 - 20:13 Portuguese
Poesia/Pensamientos Observação 6 1.061 03/27/2024 - 22:12 Portuguese
Poesia/Desilusión Quando não se pode evitar 6 456 03/30/2024 - 13:27 Portuguese
Poesia/Amor Um poema sem palavras 6 509 04/01/2024 - 19:33 Portuguese
Poesia/Desilusión Seu prisioneiro 6 441 04/02/2024 - 11:51 Portuguese
Poesia/Desilusión Não posso te esquecer 6 1.036 04/04/2024 - 02:54 Portuguese
Poesia/Amor Impossível ignorar 6 570 04/05/2024 - 02:43 Portuguese
Poesia/Intervención Contra o bullying 6 484 04/05/2024 - 22:58 Portuguese
Poesia/Desilusión Do amor não correspondido 6 528 04/06/2024 - 14:18 Portuguese
Poesia/Intervención Contra o racismo 6 303 04/07/2024 - 14:06 Portuguese
Poesia/Meditación A Mulher Samaritana 6 1.070 04/08/2024 - 23:06 Portuguese
Poesia/Amor Em cada pétala de rosa 7 407 04/10/2024 - 02:31 Portuguese
Poesia/Amor Fascinante 6 895 04/10/2024 - 20:11 Portuguese
Poesia/Amor Não era brincadeira 6 196 04/13/2024 - 14:09 Portuguese
Poesia/Meditación A angústia de Caim 7 280 04/15/2024 - 00:52 Portuguese
Poesia/Meditación Eu posso dizer não! 6 175 04/15/2024 - 11:29 Portuguese
Poesia/Meditación O fim do mundo bate à porta 6 208 04/15/2024 - 23:38 Portuguese
Poesia/Desilusión O lamento do sofrer 6 196 04/16/2024 - 11:40 Portuguese
Poesia/Desilusión A parte fraca do coração 6 201 04/17/2024 - 00:43 Portuguese