Dez pragas terríveis
Das terras de areia, o Egito a reinar,
Levantou-se um clamor, um grito a ecoar.
O faraó em seu trono, coração endurecido,
Ignorava o pedido de um povo oprimido.
Moisés, o profeta, em voz alta clamou:
"Deixe meu povo ir", mas o rei recusou.
Então o céu se abriu, a justiça a descer,
Dez pragas terríveis, um povo a sofrer.
Primeira praga: águas tingidas de sangue,
Os rios corrompidos, o desespero no mangue.
Peixes mortos flutuam, sede é o que há,
Um aviso divino, mas o faraó não ouvirá.
Segunda praga: rãs em grande profusão,
Inundam palácios, não há salvação.
Das camas aos pratos, uma visão atroz,
Mas o coração do faraó segue feroz.
Terceira praga: piolhos aos montes,
Das cabeças ao chão, cobrem horizontes.
Sacerdotes impotentes, sem magia ou poder,
O orgulho do faraó ainda não quer ceder.
Quarta praga: moscas em enxame,
Zumbem nos ares, um tormento infame.
A terra infesta-se de insetos fugazes,
Mas o faraó ignora os clamores vorazes.
Quinta praga: peste no gado,
O rebanho adoece, um lamento calado.
Cavalos e bois caem pelo chão,
Mas no coração do faraó, nenhuma comoção.
Sexta praga: chagas doloridas,
Nos corpos surgem feridas incontidas.
Homens e animais, em agonia e dor,
Mas o faraó endurece, ignora o clamor.
Sétima praga: fogo e granizo,
Do céu descem pedras, num estrondo preciso.
Destruição nos campos, colheitas arrasadas,
Mas o faraó mantém suas palavras cerradas.
Oitava praga: gafanhotos em nuvem,
Devastam o verde, a fome retumba.
Nada sobra nas lavouras, a terra esgotada,
Mas o faraó, obstinado, não cede nada.
Nona praga: trevas densas,
Três dias de escuridão, noites intensas.
O sol desaparece, um pavor sem fim,
Mas o faraó persiste, no erro enfim.
Décima praga: morte dos primogênitos,
O grito é geral, de todos os lares aflitos.
Um lamento profundo, por toda a nação,
Finalmente, o faraó solta a mão.
O povo de Israel, enfim liberto,
Parte do Egito, deserto aberto.
Dez pragas ficaram, lições no passado,
Um caminho traçado, um destino marcado.
Mas a história ressoa, além do que é visto,
Sobre orgulho e poder, um testemunho escrito.
Que a justiça divina, cedo ou tarde, virá,
E um coração endurecido, ela quebrará.
Poema: Odair José, Poeta Cacerense
Submited by
Poesia :
- Inicie sesión para enviar comentarios
- 1149 reads
Add comment
other contents of Odairjsilva
Tema | Título | Respuestas | Lecturas | Último envío | Idioma | |
---|---|---|---|---|---|---|
Poesia/Pensamientos | História oficial | 6 | 1.899 | 02/01/2024 - 20:19 | Portuguese | |
Poesia/Amor | Paixão que não se cala | 6 | 1.385 | 01/31/2024 - 19:11 | Portuguese | |
Poesia/Amor | A felicidade que sonhei | 6 | 3.269 | 01/30/2024 - 10:30 | Portuguese | |
Poesia/Pensamientos | O último poema do rinoceronte | 6 | 2.788 | 01/29/2024 - 19:15 | Portuguese | |
Poesia/Amor | Só por hoje | 6 | 683 | 01/28/2024 - 11:45 | Portuguese | |
Poesia/Meditación | Águas turvas | 6 | 1.611 | 01/27/2024 - 11:00 | Portuguese | |
Poesia/Amor | Alvorada voraz | 6 | 1.640 | 01/25/2024 - 22:25 | Portuguese | |
Poesia/Meditación | Primeira Guerra Mundial | 6 | 2.743 | 01/24/2024 - 18:46 | Portuguese | |
Poesia/Amor | Murmúrio de desejos | 6 | 891 | 01/22/2024 - 18:01 | Portuguese | |
Poesia/Desilusión | Caminhos diferentes | 6 | 1.234 | 01/21/2024 - 11:13 | Portuguese | |
Poesia/Amor | Contagem regressiva | 6 | 1.316 | 01/20/2024 - 12:13 | Portuguese | |
Poesia/Pensamientos | Criatura selvagem | 6 | 1.770 | 01/19/2024 - 11:13 | Portuguese | |
Poesia/Pensamientos | Apocalipse | 6 | 2.054 | 01/18/2024 - 11:17 | Portuguese | |
Poesia/Amor | Seus olhos | 6 | 1.418 | 01/17/2024 - 12:06 | Portuguese | |
Poesia/Desilusión | Se distante de mim você sorrir | 6 | 774 | 01/16/2024 - 11:17 | Portuguese | |
Poesia/Desilusión | Segredos de um coração ferido | 6 | 3.324 | 01/15/2024 - 12:30 | Portuguese | |
Poesia/Desilusión | Ele apenas faz sofrer | 6 | 1.587 | 01/14/2024 - 12:46 | Portuguese | |
Poesia/Amor | Que o tempo não apague | 6 | 637 | 01/12/2024 - 22:39 | Portuguese | |
Poesia/Amor | Musa inspiradora | 6 | 1.564 | 01/12/2024 - 11:30 | Portuguese | |
Poesia/Amor | Visceral | 6 | 1.338 | 01/11/2024 - 11:49 | Portuguese | |
Poesia/Pensamientos | O ovo da serpente | 6 | 1.948 | 01/10/2024 - 12:16 | Portuguese | |
Poesia/Pensamientos | Filhinhos de papai | 6 | 1.599 | 01/09/2024 - 18:29 | Portuguese | |
Poesia/Amor | Momento sublime | 6 | 580 | 01/09/2024 - 11:16 | Portuguese | |
Poesia/Pensamientos | Zé Ninguém | 6 | 1.593 | 01/08/2024 - 11:15 | Portuguese | |
Poesia/Amor | O amor outra vez | 6 | 867 | 01/07/2024 - 11:29 | Portuguese |
Comentarios
Visitem os
Visitem os blogs
www.odairpoetacacerense.blogspot.com
www.meutestemunhovivo.blogspot.com
www.contoscacerense.blogspot.com
www.cinehistoriaojs.blogspot.com
www.belezacacerense.blogspot.com
Deixe o seu comentário e compartilhe!
Instagram: @poetacacerense
Visitem os
Visitem os blogs
www.odairpoetacacerense.blogspot.com
www.meutestemunhovivo.blogspot.com
www.contoscacerense.blogspot.com
www.cinehistoriaojs.blogspot.com
www.belezacacerense.blogspot.com
Deixe o seu comentário e compartilhe!
Instagram: @poetacacerense
Visitem os
Visitem os blogs
www.odairpoetacacerense.blogspot.com
www.meutestemunhovivo.blogspot.com
www.contoscacerense.blogspot.com
www.cinehistoriaojs.blogspot.com
www.belezacacerense.blogspot.com
Deixe o seu comentário e compartilhe!
Instagram: @poetacacerense
Visitem os
Visitem os blogs
www.odairpoetacacerense.blogspot.com
www.meutestemunhovivo.blogspot.com
www.contoscacerense.blogspot.com
www.cinehistoriaojs.blogspot.com
www.belezacacerense.blogspot.com
Deixe o seu comentário e compartilhe!
Instagram: @poetacacerense
Visitem os
Visitem os blogs
www.odairpoetacacerense.blogspot.com
www.meutestemunhovivo.blogspot.com
www.contoscacerense.blogspot.com
www.cinehistoriaojs.blogspot.com
www.belezacacerense.blogspot.com
Deixe o seu comentário e compartilhe!
Instagram: @poetacacerense
Visitem os
Visitem os blogs
www.odairpoetacacerense.blogspot.com
www.meutestemunhovivo.blogspot.com
www.contoscacerense.blogspot.com
www.cinehistoriaojs.blogspot.com
www.belezacacerense.blogspot.com
Deixe o seu comentário e compartilhe!
Instagram: @poetacacerense