O ÚLTIMO RITUAL (OBITUÁRIO)
Para estar no noticiário
É tão simples pra que ocorra
Basta que a gente morra
Num certo dia e horário
Sem nunca ser proprietário
Ir para uma casa nova
Um túmulo ou uma cova
Fim do triste itinerário
E parece ficar lento
O tempo, na noite larga
E a lágrima mais amarga
Molha o rosto em sofrimento
De quem mostra o sentimento
Em cada gota que escorre
Junto com alguém que morre
Nesse último momento
Assim sempre é o ritual
Do qual não escapa ninguém
Faça o mal ou faça o bem
A morte emparelha igual
Resta o nome, no final
Do nobre, ou do pé na lama
Do João ninguém e o de fama
No obituário de um jornal.
Sérgio Teixeira
BAGÉ/RS/BRASIL.
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Lunes, Octubre 28, 2024 - 21:15
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