CONCURSOS:
Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia? Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.
Meto os chinelos na beira da cama…
Meto os chinelos na beira da cama,
À cabeceira, o que acreditava, aos pés
A moldura do Cristo com a chama
No coração fixo e a silhueta
Que me espera na sombra do hall ,
De noite, enorme, maior do que eu
Pensava ela ser, ou pudesse ter
A sombra do vão, – do nada me chama,
Meto os chinelos na ponta da cama,
No lado oposto de tudo que lembrará
Ao mundo a minha estranha estória,
De tudo que não compreendi, nem disse
Por dizer, tudo o que leve a sombra,
A mão que deve-me levar da vida
Pra fora, da cabeceira para o vão
Alçapão, incerto vaso onde não tive,
Nem creio, entre o céu, o mundo
E o agora, meu limite tem cerca,
Meto os chinelos na lomba da cama,
Pois no hall o universo espera, pára,
Concebê-lo, eu consigo, mas entre
Mim e ele há um limite e tudo isto
Que é, existe entre ele e mim,
Sem ter de ser assim maior, o medo
Do que ele é na raiz da minha pele,
E no cabelo.
Joel Matos (01/2015)
http://joel-matos.blogspot.com
Submited by
Ministério da Poesia :
- Se logue para poder enviar comentários
- 4433 leituras
Add comment
other contents of Joel
Tópico | Título | Respostas | Views |
Last Post![]() |
Língua | |
---|---|---|---|---|---|---|
Poesia/Geral | Sombras no nevoeiro | 0 | 3.826 | 02/16/2013 - 22:59 | Português | |
Poesia/Geral | o dia em que o eu me largou | 2 | 2.044 | 12/30/2011 - 13:24 | Português | |
Poesia/Geral | ciclo encerrado | 0 | 3.420 | 03/11/2011 - 23:29 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | gosto | 0 | 4.608 | 03/02/2011 - 16:29 | Português | |
Poesia/Geral | A raiz do nada | 0 | 2.756 | 02/03/2011 - 21:23 | Português | |
Poesia/Geral | Tão íntimo como beber | 1 | 1.696 | 02/01/2011 - 23:07 | Português | |
Poesia/Geral | Gosto de coisas, poucas | 0 | 3.686 | 01/28/2011 - 18:02 | Português | |
Poesia/Geral | Luto | 1 | 4.665 | 01/15/2011 - 21:33 | Português | |
Poesia/Geral | Não mudo | 0 | 3.255 | 01/13/2011 - 13:53 | Português | |
Prosas/Lembranças | Cruz D'espinhos | 0 | 10.243 | 01/13/2011 - 12:02 | Português | |
Prosas/Contos | Núri'as Ring | 0 | 4.862 | 01/13/2011 - 12:01 | Português | |
Poesia/Fantasia | Roxxanne | 0 | 4.708 | 01/13/2011 - 12:00 | Português | |
Poesia/Geral | Oração a um Deus Anão | 0 | 6.765 | 01/13/2011 - 11:58 | Português | |
Prosas/Saudade | O-Homem-que-desenhava-sombrinhas-nas-estrelas | 0 | 4.623 | 01/13/2011 - 11:57 | Português | |
Poesia/Geral | O fim dos tempos | 0 | 5.410 | 01/13/2011 - 11:52 | Português | |
Poesia/Geral | Terra á vista | 1 | 2.752 | 01/13/2011 - 02:13 | Português | |
Prosas/Lembranças | sete dias de bicicleta pelo caminho de Santiago francês | 0 | 9.874 | 01/13/2011 - 00:58 | Português | |
Poesia/Geral | Não sei que vida a minha | 1 | 2.055 | 01/12/2011 - 22:04 | Português | |
Poesia/Geral | o céu da boca | 0 | 4.938 | 01/12/2011 - 16:50 | Português | |
Poesia/Geral | Dispenso-a | 0 | 2.656 | 01/12/2011 - 16:38 | Português | |
Poesia/Geral | estranho | 0 | 4.930 | 01/12/2011 - 16:36 | Português | |
Poesia/Geral | comun | 0 | 5.478 | 01/12/2011 - 16:34 | Português | |
Poesia/Geral | desencantos | 0 | 2.495 | 01/12/2011 - 16:30 | Português | |
Poesia/Geral | Solidão não se bebe | 1 | 3.537 | 01/12/2011 - 03:11 | Português | |
Poesia/Geral | Nem que | 3 | 3.362 | 01/11/2011 - 11:39 | Português |
Comentários
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.