CONCURSOS:
Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia? Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.
Atol
Tenho amigos seletos que estóico bebo suas letras
No bar de rocha ao lado da floresta de álcool
Num impávido desejo de desejar quem me seqüestra
Nas horas impróprias de minha consciência atol.
Meu amigo Lúcifer também se embebeda
No rubro tonel de madeira
Onde a célebre cachaça de barro
Fermentada por vermes abóbadas
Rastejam em nossos cérebros de lebre.
Na neártica e paleártica da massa branca
Saltam sobre a constelação austral do planeta pensante.
Mil magos, mil deuses, mil anjos abrem a tranca
Do calabouço das divindades de serpentes,
Para lutarem na batalha do poeta almirante,
Dos plácidos, dos congelados e humilhados tenentes.
A guerra dos ouvidos e das bocas flamejantes,
Cujo líder é o Lúcifer dos passos brandos.
O poeta dos infernos materiais, da obscenidade,
Do pecado morto na curva da BR paraíso-inferno.
Neste combate, Lúcifer está sozinho,
Sem a Lú, sem a Ci, sem a Fer... Está enfermo.
O homem o traiu e juntou-se ao vizinho.
Pobres idiotas com asas sem penas
Que moram nas nuvens de areia movediça
Não sabem que o inferno é o atalho para o paraíso,
E que a treva é uma boate
E que o céu é uma dama
Sem graça e ruim de cama.
Submited by
Poesia :
- Se logue para poder enviar comentários
- 1492 leituras
Add comment
other contents of Alcantra
Tópico | Título | Respostas | Views | Last Post | Língua | |
---|---|---|---|---|---|---|
Ministério da Poesia/Geral | Ode ao ego | 0 | 1.714 | 11/19/2010 - 18:08 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Selo de poesia | 0 | 645 | 11/19/2010 - 18:08 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Lua do Sul | 0 | 1.283 | 11/19/2010 - 18:08 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Piso espelho | 0 | 1.188 | 11/19/2010 - 18:08 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Captura | 0 | 2.063 | 11/19/2010 - 18:08 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Lábios às costas | 0 | 1.290 | 11/19/2010 - 18:08 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Tume(facto) | 0 | 1.242 | 11/19/2010 - 18:08 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Brilhância do meio dia | 0 | 1.477 | 11/19/2010 - 18:08 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Emulação da candura | 0 | 1.416 | 11/19/2010 - 18:08 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Outro | 0 | 1.493 | 11/19/2010 - 18:08 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Dor de rapariga | 0 | 1.380 | 11/19/2010 - 18:08 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Rubra Janela da tarde | 0 | 1.066 | 11/19/2010 - 18:08 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Chão em chamas | 0 | 1.696 | 11/19/2010 - 18:08 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Água Purpurina | 0 | 1.540 | 11/19/2010 - 18:08 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Num bar | 0 | 1.611 | 11/19/2010 - 18:08 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Seta esquiva | 0 | 2.637 | 11/19/2010 - 18:08 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Uma noite na morte | 0 | 1.496 | 11/19/2010 - 18:08 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Fios cerebrais | 0 | 1.339 | 11/19/2010 - 18:08 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Sem meios tons | 0 | 1.294 | 11/19/2010 - 18:08 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Rios do norte | 0 | 1.192 | 11/19/2010 - 18:08 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Vírgula et cetera | 0 | 835 | 11/19/2010 - 18:08 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Novo eco | 0 | 1.037 | 11/19/2010 - 18:08 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Pés em fuga | 0 | 1.252 | 11/19/2010 - 18:08 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Impressões | 0 | 982 | 11/19/2010 - 18:08 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Ossos nossos | 0 | 1.214 | 11/19/2010 - 18:08 | Português |
Comentários
Re: Atol
Alcantara!
Atol
Pobres idiotas com asas sem penas
Que moram nas nuvens de areia movediça
Não sabem que o inferno é o atalho para o paraíso,
E que a treva é uma boate
E que o céu é uma dama
Sem graça e ruim de cama.
Lindo poema, quem gostar faça seu uso!
MarneDulinski
Re: Atol
Alcantra,
Confesso que ao ler achei estranho, diferente e inusitado...Gostei, um gostar diferente, mas irei me policiar a observar melhor o teu jeito de olhar...
Re: Atol
Gostei bastante deste poema.
Parabéns,
Um abraço,
REF
Re: Atol
Nunca tinha lido uma poesia tão estranha na minha vida. Você conseguiu ser sarcástico, irônico, metafórico e cativante ao mesmo tempo. Vou te ler mais!