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Pés em fuga
Um ser que pula nu do ventre da mãe
O ontem me destruiu por inteiro.
Desdobro-me ao máximo
E dobro as buscas pelo meu corpo
Eclipsas a lua com a pupila dos olhos
A cabeça decapitada que aparece ao espelho é irreconhecível
Zunidos de metais nos trilhos das idas
Um diamante coberto saliva
Daqueles que babam com visão do tamanho do mundo
Somente nervos e vontades falam
Só mãos com dedos tremulam
A captura do objeto no sobrepujar
Já tentei aprisionar o infinito azul oceano com gostos de mais
No beijo senti o paladar da corola bilabiada,
Minha pupila é o eclipse, vos digo mais uma vez
Uma testa transpira, franze
O feio atordoante voo do mergulho
Das penas em chama
Alguma vespa ferroa com alucinógeno veneno
Que sucumbe dor no aumento multiplicado da decapitação
A década extinta velha torturada pela mãe secular
Queres que contes sua odisséia?
À tona volto ao sangue fervilhante
Na decaída sede pela consangüinidade
O mesmo sentimento que uma vagina ou seio traz
Ilude-me
E eu iludo minha alma bem vestida
Ao meu espírito enterrado à lama
Estou enjoado de ser corpo
E nunca desisto de conseguir
Prazeres mais do mesmo
Da mesma cama
Padre! Maldito padre!
Podes tirar e condenar meu espelho quebrado
Costurado emendado postumamente?
Sou para ti o que o demônio é para com deus.
Declaro meu amor vencido
E o meu ódio vitorioso,
Minha culpa banida
Meu alívio tão esperado
Vagueias pelo trilho incerto
Na distração de pés nos passos
Leva-lhe as mãos aos ombros
Distanásia corredeira atirada pelo outro
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Ministério da Poesia :
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