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Entre linhas
Pegas tanto quanto negas
Negas o que eu sei ouvir
Levas-me nessas rédeas
E depois eu quero fugir
Deixas-me ler nas entre linhas
Linhas essas que sei retorquir
Com olhares olhando as minhas
Para não dizer e depois desmentir
Apego-me a essa vontade de te ouvir
Tentando ser-me mais que vencedor
Vejo malícia e quero descobrir
Não sei se o teu coração é acolhedor
Mas acolhe esta amizade frutuosa
Porque quero mais vindo de ti
Mais desse olhar virtuoso
Quero ouvir-te falar sobre ti
Revela-me as tuas intenções?
Não te comportas dessa maneira
Deixas-me imensas ilusões
Olha que não me seguro nesta cadeira
Não sei o que pensas do que deixo passar
As minhas entre linhas são directas
Sabes que são o espelho da alma a lavrar
Campos de minas sem rectas
Piso escorregadio sem protecção
Cais nele, são areia movediça
Ao qual verei te nesse meu coração
Beijar os pés da doce traição
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Poesia :
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