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Usada

Usada

Quando olho a volta, básio!
Sou fita isolante, onde me isolo
E então choro, sinto o frio
Abraça-me e olho, olho

Olho algo que quero ver
Mas não existes, matei-te
Naquela noite sem o teu querer
Olhei-te, beijei-te

E então deste à insignificância
Fizeste de mim um básio, nada
Deixas-te alma, corpo sem elegância
Sem vida na alma parva

Partis-te mas deixas-te
A solidão, dor, as feridas
O que contigo trouxeste
No meu coração agora retidas

Por tua causa deite amor
Aproveitas-te e assim que feliz
Deixaste-me com a dor
E o resto que trouxeste condiz

Comigo neste sufrágio
Deite o que não tinhas
Uma espécie de estágio
Para ti quando julguei que me amavas

O aluno já era mestre
E eu fiquei desfraldada
Abraço o ventre
E calço a calada

Subindo a ponte caio no nada
Na água em forma de chamamento
No som a calma alada
Caio para o fim do sofrimento


 

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segunda-feira, janeiro 17, 2011 - 19:59

Poesia :

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lila

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