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Eu não digo…

O silêncio é para os outros,
Não me calo, prefiro apregoar
Alto o preço a pretender qu’valho
O que não digo entre “comas”,

Parêntesis, repito o que disse
À partida como que a recuperar
Forças ou pra produzir algum
Efeito(até aí sou só aparências)

O silêncio é para os gordos,
Eu cerro os dentes mas apenas
Por fachada pois falo de mim
Sem parar e em letra grada,

Alivia-me o ranger das portas
Rolas sussurrando sob um’asa,
Alibi perfeito prá nota falhada,
Sinistro é quem se exprime,

Deduzindo ser a arte um ritual
De sentimento beato, profundo,
Exclusivo pra extrema unção
Dos mortos ou pra uma orgia

De defuntos em semana gorda,
O silêncio é para os mortos,
O falar pra mim é uma grávida
parindo, pelo menos eu sinto

Que palavra tem ser, vida, peso.
O silêncio é para os outros,
Eu não digo, arrepia-me o ranger
Dos dentes nos outros…

Joel Matos (04/2018)
http://joel-matos.blogspot.com

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quarta-feira, maio 23, 2018 - 11:26

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