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Fragille Insomnia
Fechei os olhos...
Escoltado por ecos distantes, depus retratos de loucuras já caídas
num azul agreste de rodopios envoltos nos dedos de cruel ternura
onde, deitado, amortecido pela palidez de tão pobres lábios,
virei-me, retorci-me, descobri os espinhos que vestem a mais reles amargura.
Envolto na névoa de delírios cujo silêncio me conduzia ao temor,
visões de mundos nunca nascidos,
outros, infelizmente já esquecidos, onde a Morte em fogo tocou.
Mil espectros forjavam riqueza,
pinceladas de estranheza, revestidos por estranho torpor.
Essa, a exorbitância de quem já riu,
em falsas ilusões caiu e, em juventude, nunca mais voou.
Vi cenários onde a prosa gentilmente dançou pesada,
( oh, insana poesia amaldiçoada! )
escarpas por sangue banhadas, mares pela luxuria amortecidos
onde ervas em espiral se curvavam colhidas por neve que nunca brilhou
e muitas formas em inocência se debatiam,
vozes de destemidos que o Tempo tragou.
Em vão, leves suspiros adornavam a ausência banhada por desafios,
odes transcritas de sóbrios volumes que um ébrio Desconhecido quis para si levar.
Sou eu e mais ninguém quem jaz corroído por tamanha fragilidade,
perdido em corredores de fria intimidade
onde o Espírito vagueia envelhecido, ansiando para a vós declamar:
“ Finalmente adormeci e nada mais vi... “
Poema publicado na revista "Origens" em Janeiro de 2008
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Comentários
Re: Fragille Insomnia
Bom poema, gostei de ler! :-)