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Hora de ponta
Abafo...
no crepúsculo
dos dias
que escurecem rubros.
Quando o bafo
do sopro vivo do Verão,
cálido, em repouso
me inspira em águas frias
correntes dentro de mim.
Vago o tempo
nos pés cansados,
em digressão nas avenidas
A coleccionar, expressões…
Quando o sol
cai em mortalha
a sublimar perfumes…
Doces como ilusões.
É um vai e vem de vidas
que descose o manto vivo
no respiro da cidade…
Lá ao fundo das avenidas
prédios velhos, vidraças tristes,
crianças de armas riste
em montras ao desbarato.
São milhares aos encontrões
a correrem desalinhados.
Telemóveis no ouvido,
sentimentos desligados.
Romances de vão de escada
efémeros como a noite,
Salpicam as calçadas
de brisas universais.
Nos tascos,
como estátuas etílicas
os suspeitos do costume
a segurar balcões…
A zombarem dos liceais,
há futebois e carnavais
enquanto esbugalham orgasmos
a infantas de calções.
Reclamos luminosos,
liquidações, saldos estrondosos
gritam cifrões e contas certas…
Chulos e galifões
prostitutas e ladrões
traficantes e policias
varredores e enfermeiras
atravessam num remoinho…
Está calor nesta cidade…
eu que não busco caridade,
venho aqui para estar sozinho.
É este barulho cósmico
Da cidade a ir para casa
numa multidão que afronta…
a minha alma que quer paz,
só aqui se compraz…
Lisboa…
Hora de ponta.
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Comentários
Re: Hora de ponta
LINDO POEMA, HORA DE PONTA!
AOS FINS DE TARDE EM MINHA CIDADE OU EM TODAS OUTRAS MAIS, ACONTECE A HORA DE PONTA, A HORA DO RUSH, COM O POVO CANSADO VOLTANDO PARA SEU LARES E DEIXANDO A CIDADE NA MAIOR CONFUSÃO!
Meus parabéns,
Marne
Re: Hora de ponta
Uma boa narrativa da hora de ponta!
Vago o tempo
nos pés cansados,
em digressão nas avenidas
A coleccionar, expressões…
Espectacular!!!
:-)