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Viagem breve de ti
Setúbal…é um guindaste doente…
Ventre cigano do Sado por gente perdida assim.
Porto que tinta o choco e nadas sem trocos na vida pedinte.
Estaleiro invisível, demitido e sentido de cais, onde nunca, o mais, virá azul tatuado no horizonte da auto-estrada do sol.
No seio além Tejo rubro, corticeiro e lágrima de vinho…
Tinto como sangue urbano da canção, traìdo num cálice operário.
Pobre, em sandálias de ira, seara pescadora e fulminante.
Évora…tenho viagens de alma ao sul de mim, para lá do longe…
Onde a rosa-dos-ventos dorme com frio.
O Giraldo é adeus, a deus, que desliza a planície em sobressalto de olhos meigos…
Saídas de casarios onde os ossos em oração de vento no Maio em cruz, brasa coisas dos mortos no longínquo dos montados.
Berço ar de milhafre império.
Caminho do em frente que me leva para ti…
Que nunca te vou esquecer, planície de peito erguido que enervas o castanho dos nossos olhos desertores.
Reguengos…o nó das mãos, ponte trilho do que em nada foi caminhos, porque a terra e o mais além são nuvens da Indochina que emigram na seara e emergem arco-íris flamejantes no anel do arbusto pacífico, quando forem e tal, cinco da tarde pelas veredas, que dá o tudo e breu ás coisas.
Também a ti…trovão encantado.
Alentejo…
Plana cooperativa fantasma.
Espectro de verde acalmado nas correntes venais do crepúsculo, temente pelo sair na cara do sol em castigo.
Sonho traído no útero ferido pelas chuvas estéreis de esperança, que tinham pedestal no liso fecundado e erguiam palácios de oiro no chão dos teus olhos castanhos…
Onde somos terra vermelha.
E depois do adeus nada passará de olhares clandestinos...
Viagem breve de ti.
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Comentários
Re: Viagem breve de ti
Como é bom saborear-te suavemente.
Ressalvo:
Ventre cigano do Sado por gente perdida assim.
Lindissimo todo o poema!
Re: Viagem breve de ti
Breve viagem e que Viagem emocionantemente apaixonante!
Abraços
Susan
Re: Viagem breve de ti
Sempre bom, Lazuli. Sempre bom... :-)
Abraço.