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Poemas de Amor
Estoiro…sim!
Fogo no cú…
Vou no adiante á procura do tempo, a fazer o tempo, que me atulhei destas coisas tão minúsculas ditas virtudes como esperar sentado.
Vou chafurdar no chiqueiro para assassinar o odor a névoa antiartística, desinquieta colossalidade de explicar o amor em coisinhas dor de corno, com ferros curtos e compridos, mas sempre na arena comum do, “foste”, “partiste” e…
Puta que os pariu!!!
Vou-lhes dizer o amor…sim, o amor á poesia.
Amor raso nos bolsos á busca de cêntimos com rimas vazias para um café…para uma carcaça.
Dias a constipar, a assoar o ranho do…estou fodido e mal pago que se me acabou o tabaco e o amor ao amor dos poemas de amor.
Não!
Não vou dizer sim ao afago, á peninha idiota dos engalanados “ocasionistas”, com palminhas benévolas e causas justas por atacado, frenéticos por…
EDIÇÃO ESPECIAL!!!
Migalhas poéticas juntam razão e constroem carcaças com massa da obras…
Estou louco…
Contudo aqui vou eu.
Um dia do caralho no transito da Lisboa.
Tenho um fulano burguês e supérfluo a ribombar tesões dúbias no íntimo.
A gaja do carro ao lado vai a pintar os lábios de vermelho no poema do semáforo.
Táxis, estafetas, um, não dois, minto pá, uma multidão de caralhos sorridentes com gravatas ás cores e com aqueles risos de fazer género, “sou muito á frente”…
Sai da frente filho da puta, o semáforo abriu e a vontadinha que tenho de te enfiar uma panada nesse risinho classe média é tanta que o carro até ronca…”vai mais devagar cabrão, vai, que eu tenho o dia todo para te ver desfilar”…
Depois a buzina, as buzinas, tudo misturado cá dentro, prestações, privações…
A propósito, alguém tem um cigarro?
O colega lacaio e o chefe saloio com uma casa saloia a falar dos putos, do cocó dos putos, da escola dos putos, dos padres dos putos do ATL, do GPL, do Turbo, da bola, sofríveis como gajas na menopausa contentes com as férias numa baiuca algarvia onde há laranjas.
Sai da frente filho da puta, que tenho poemas de amor com salsichas e ovos alugados no sítio onde guardo as canetas e…
Merda pá, um cigarrinho, só um!
Zarpo…
Vou no adiante á procura do tempo, a fazer o tempo, que me atulhei destas coisas tão minúsculas ditas virtudes como esperar sentado.
O telemóvel a tocar, o outro lado a dizeres de amor…”demoras”?...
Demoro!
Vou demorar o para sempre até encontrar poemas de amor.
Vou com o eterno do rio, nas margens da lágrima seca por bolsos vazios e palavras de fome.
Vou comprar tabaco e voltar vinte anos depois, quando tiveres outro, filhos e casas saloias e uma mobília bonita, que não tenhas de amar por penúrias e vestires esses trapos que me cheiram tão bem.
Vou de carro, não te preocupes que vou com cuidado.
Levo musica e a tua fotografia para o caso de querer dançar contigo nas noites de inverno.
Tenho o triângulo, inspecção e o colete amarelo ou sei lá… No caso de esbarrar com um verso de ti em saudade de nós.
Não levo tabaco…acho que deixei de fumar por falta de ti amor e poesia…
Talvez volte, vinte anos depois!
Quando não sentir vergonha de não te dar, o que não posso dar, porque não posso dar, porque não tenho migalhas nem poemas de gente que fuma cigarros americanos e faz poemas de amor para quem não existe.
Vou…
Se puderes, lava as calças de ganga, quero vesti-las quando chegar no morrer deste sonho.
Procura nos bolsos, talvez encontres cêntimos leves que te deixo em herança para uma carcaça.
Tenho um beijo guardado dentro dum livro do Neruda…
Está espalmado numa carta tua e é teu…sempre teu!
Aos anos que o guardo para te dar…
O que te posso dar.
Poemas de amor…
Tens um cigarro?
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Comentários
Re: Poemas de Amor
Serve Português? dos azuis que ando um bocado afanado...
Escreves o amor por linhas próprias, imensas no que transmitem e no que fazem sentir...por vezes quando te leio é como se estivessem a abanar os alicerces do convencional...são aquelas 3 ou 4 chapadas de cada lado da cara, que se dão a alguém que está desmaiado ou demasiado sonolento....
Bravo!!
Abraço
Nuno
Re: Poemas de Amor
Oi Lapis-Lazuli!
Eu não fumo,não importa. Mas,gosto de ler uma boa poesia de um bom poeta. O teu poema nos presenteia com uma originalidade,humor sarcástico,uma crítica irreverente. Sai do lugar comum,dispensa falar do amor medíocre,piegas.
E sim do amor:"Tenho um beijo guardado dentro dum livro do Neruda"...
Gostei muitoo!
:-) Suzete Brainer.
Re: Poemas de Amor
Dias a constipar, a assoar o ranho do…estou fodido e mal pago que se me acabou o tabaco e o amor ao amor dos poemas de amor.
Bem... meu 1º cigarro aos 11 anos seguido do travar fumo, faz lembrar a perda da virgindade no Intendente... por vezes sem dinheiro, em pleno recreio do colégio interno, e o vício de fumar ou : é pá deixa-me dar uma passa! Ou apanhar uma beata do chão... e o prazer do fumo a entrar nos pulmões, era como beijar uma pássara tenrinha...
È mesmo um vício fodido, mas em cima duma boa refeição e um bom café, caralho! É mesmo o paraíso.
Fumadores, vamos dedicar o cigarro ao prazer do amor. Depois de foder uma gaja boa, que bem sabe puxar dum cigarro e fazer no ar círculos de nuvens com corações... que merda de vício!
Um Abraço.
Vitor.
Re: Poemas de Amor
Eu fumo,talvez fume daqui a vinte anos! sinceramente também espero que fumes, pois estou inteiramente de acordo com a inês:"Q um dia este talento todo seja devidamente reconhecido"...
Abraço.
Re: Poemas de Amor
O meu maço de Marlboro está aberto para ti...
Pede também um café ou uma sagres... o que queiras...
Pois os dias são longos e desprovidos de sentido, forçando à desistencia até os mais resistentes...
E há dias... assim...
Que levariam 20 anos a apagar...
___________
Está soberbo... abraço.
Re: Poemas de Amor
E assim foi...Mergulhei na tua escrita brilhante, perdi-me a rir, como uma louca, com as tuas sátiras muito bem cozinhadas e depois aterrei suavemente na tua melancolia e nessa forma intensa e bela q tens de descrever o amor...
Não fumo, mas confesso, apeteceu-me um cigarro!
Q um dia este talento todo seja devidamente reconhecido!
Beijinho em ti!
Inês
Re: Poemas de Amor
Não, não tenho um cigarro, esses que me arranhavam a garganta e me mirravam as veias foram substituídos por poemas de amor, por palavras que ficaram por dizer e por sorrisos que os teus poemas arrancam assim, como quem diz o amor…o amor à poesia!
Gosto de te ler:)
Bjs
I