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A LUA DOS TEUS LUARES …
As minhas mãos,
eram as flores da Primavera no teu rosto,
agora são folhas secas por um Outono de desgosto.
Eram as minhas mãos
o mais macio dos panos que vestiam o teu corpo,
agora são trapos, rodilhas da tua nudez ausente.
Eram as minhas mãos a tua casa, o teu abrigo,
eram elas a tela onde eras alguém,
agora são ruas de ninguém,
uma cama deserta no tempo,
tarântulas numa teia de solidão.
Eram as minhas mãos
o mais límpido rio a percorrer-te a pele,
agora são detritos de um mel que não dulcificaste.
Eram as minhas mãos
o poema que em ti me escrevia,
agora são palavras que não te sabem dizer,
são toscas pedras de silêncio
que se empedra na minha alma com o teu adeus.
Eram as minhas mãos
as faúlhas que bailavam nas tuas fogueiras,
agora são sombras de saudades que se arrastam
como cinzas ao vento pelo chão.
Era o amor das minhas mãos a lua dos teus luares,
eram sereias que cantavam num mar a dois,
agora são lugares de sede e pó,
torrões de terra infértil,
apenas lixo… só.
.
.
.
.
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