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As luzes falsas da noite

Lágrima na foto
Orelha de deus
Ferrugens em pênis de mármore e segundos decapitados
Conceitos barrocos esculpidos
Nos mornos crimes das horas

Achar o desencontro
E cumprir com pus o medo da noite

Nada de
Ainda era beijo que roubava um aceno
Dos dias de sóis divididos

Nada de
Mover as costas para salamandras doentias
Dos joelhos temerários

Sempre há um horizonte escondido para explorar,
Mesmo em anos de quarto
E escoltas do fim

Andar na vigília alfinetada dum cão
Sobre ladros vindos de escadas seculares
Com mofo nas roupas andantes

Cuidar de procurar um astro
Perdido nas luas rastejantes
Em nuvens invisíveis
Odiadas por quem não sabe chorar

Podemos ver os ateus daqui
Presos na magia da tarde.
Nós os da fúrcula esternal!
Os da amante amada!
Traída pelos ventos da culpa

Nada de
Súplicas aos tolos da ordem
A meter pelos ralos o resto do luxo
Nós os de punho em soco
Os de rostos mal-amados
Com a revolta a firmar-nos os pés

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segunda-feira, maio 14, 2012 - 01:08

Poesia :

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Alcantra

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