CONCURSOS:

Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia?  Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.

 

As sendas x Os golpes de martelo

Quando nos sujeitamos a leves danos da alma confrontamos-nos com o sui generis.
São sensações sudoríparas que nos levam ao translúcido contato com as ondas
Subliminares. Da ardente chama que sucumbi e modela e transmuta nosso estado
Nascente reto queimando nosso passado celular. Daí surge ignoto torto furtivo a Inimaginável face dentro de nossa pele.

Aquelas sendas,
Aquelas brechas deixadas nos corações outonais fizeram do inverno um fugitivo
E o mesmo ficou e fica a espreita (a espera) do seu momento propício de batalha
E este mesmo inverno foge das damas primaverais e sempre retorna depois
De restituídas suas forças.

A partida é sempre assim:
Como as manhãs tristes e solitárias,
Como as brisas deitadas nos cabelos lisos e longos...
Mas você sempre esteve a olhar para baixo,
Mas você sempre esteve a me olhar de baixo
Numa timidez misturada com sabedoria, alinhada com a humildade.

Escrevemos a grande carta nos papéis das sombras...
Rasgo-me rogo e rosno neste domingo doente e sangrento.
Docemente nos deixamos levar pelo silêncio inquebrantável...
Peço-lhe isto:
Rabisque no meu peito a palavra dor ou ao invés de rabiscá-la
Simplesmente poderias tu explicar-me na prática o significado dela
Com uma punhalada do vazio neste mesmo peito?

Naquele ninho de vultos roubados encontramos nossas fraquezas
Do uso da máscara do outro.
Quanto tempo mais teremos que resistir aos ensurdecedores golpes de martelo
Que nos forjam como aços da personalidade seca...?
Quantas vezes mais?
Quantos dias mais?
Quantas horas mais?
Não, não mais.

Submited by

sexta-feira, dezembro 4, 2009 - 22:48

Poesia :

No votes yet

Alcantra

imagem de Alcantra
Offline
Título: Membro
Última vez online: há 10 anos 7 semanas
Membro desde: 04/14/2009
Conteúdos:
Pontos: 1563

Comentários

imagem de jopeman

Re: As sendas x Os golpes de martelo

Há danos que nos confrontam à Alma, ao subconsciente. Mas quanto tempo mais temos de aguentar? Em quantos dias, anos me forjo?

Fabuloso

Adorei

Abraço

imagem de MarneDulinski

Re: As sendas x Os golpes de martelo

LINDO POEMA, GOSTEI MUITO!
Meus parabéns,
Marne

imagem de RuiLima

Re: As sendas x Os golpes de martelo

Sem palavras

imagem de RobertoEstevesdaFonseca

Re: As sendas x Os golpes de martelo

Caro amigo.

Parabéns pelo esplêndido poema.

Um abraço,
REF

imagem de cecilia

Re: As sendas x Os golpes de martelo

Alcantra,

Lembranças do verão que levam o frio e nos traz inverno, dor que queima no peito mais gela a alma. Pregos que se pregam em um mundo de solidão. Chega eis chegada a hora de usar o martelo.

Adorei ler-te
Abç
Cecilia Iacona

Add comment

Se logue para poder enviar comentários

other contents of Alcantra

Tópico Título Respostas Views Last Postícone de ordenação Língua
Ministério da Poesia/Geral Duas paredes 0 1.336 11/19/2010 - 18:08 Português
Ministério da Poesia/Geral Sede dos corpos 0 1.273 11/19/2010 - 18:08 Português
Ministério da Poesia/Geral O lixo da boca 0 1.361 11/19/2010 - 18:08 Português
Ministério da Poesia/Geral Virgem metal 0 2.925 11/19/2010 - 18:08 Português
Ministério da Poesia/Geral Carne de pedra 0 1.587 11/19/2010 - 18:08 Português
Ministério da Poesia/Geral Fim avarandado 0 1.656 11/19/2010 - 18:08 Português
Ministério da Poesia/Geral Dentro do espelho 0 1.398 11/19/2010 - 18:08 Português
Ministério da Poesia/Geral Um destroçado sorriso 0 1.892 11/19/2010 - 18:08 Português
Ministério da Poesia/Geral Anestésico da alma 0 2.149 11/19/2010 - 18:08 Português
Ministério da Poesia/Geral Fita laranja 0 1.611 11/19/2010 - 18:08 Português
Ministério da Poesia/Geral Caro insano tonto monstro 0 1.033 11/19/2010 - 18:08 Português
Ministério da Poesia/Geral Assaz lágrima ao soluço 0 1.301 11/19/2010 - 18:08 Português
Ministério da Poesia/Geral Sítio da memória 0 1.301 11/19/2010 - 18:08 Português
Ministério da Poesia/Geral Aeronave de Tróia 0 1.598 11/19/2010 - 18:08 Português
Ministério da Poesia/Geral Barro frio 0 1.598 11/19/2010 - 18:08 Português
Ministério da Poesia/Geral Lutolento 0 2.277 11/19/2010 - 18:08 Português
Ministério da Poesia/Geral Não 0 1.141 11/19/2010 - 18:08 Português
Ministério da Poesia/Geral Da vida não se fala... 0 982 11/19/2010 - 18:08 Português
Ministério da Poesia/Geral Jesuficado 0 1.810 11/19/2010 - 18:08 Português
Ministério da Poesia/Geral O carisma do louco 0 1.515 11/19/2010 - 18:08 Português
Ministério da Poesia/Geral O sonho é a visão do cego 0 2.098 11/19/2010 - 18:08 Português
Ministério da Poesia/Geral Manhã infeliz 0 1.542 11/19/2010 - 18:08 Português
Ministério da Poesia/Geral O veneno da flor 0 1.085 11/19/2010 - 18:08 Português
Ministério da Poesia/Geral Olhos 0 1.450 11/19/2010 - 18:08 Português
Ministério da Poesia/Geral Silêncio esdrúxulo 0 1.416 11/19/2010 - 18:08 Português