O Homem que Outrora Fui... (Alexander Pushkin)

O homem que outrora fui, o mesmo ainda serei:

leviano, ardente. Em vão, amigos meus, eu sei,

de mim se espere que eu possa contemplar o belo

sem um tremor secreto, um ansioso anelo.

O amor não me traiu ou torturou bastante?

Nas citereias redes qual falcão aflante

não me debati já, tantas vezes cativo?

Relapso, porém, a tudo eu sobrevivo,

e à nova estátua trago a mesma antiga oferenda...

 

Alexander Pushkin, poema traduzido por Jorge de Sena.

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Thursday, July 14, 2011 - 17:35

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