Ponteiro de Relógio
De dia,
na condução cheia
no calor brando do inverno
sinto bater um curto sono
Eis que me encosto,
no canto do duro assento,
e me perco vendo as ruas
na ampulheta que escoam as horas
Ah, essas viagens,
No deserto d'alma,
Que ocorrem em frações
De doces segundos de uma sesta
Outro dia,
Senti o mesmo em um vagão
de um trem pra Baixada
Ah, quanta recordação
E assim sigo vivendo
como outros tantos anônimos
cruzando sinais, túneis, avenidas
enfrentando o trânsito, paciência cultivando
O ponto de chegada
é quase o mesmo ponto de partida
Na vida que se repete feito movimentos
De um ponteiro de relógio
que segue no mesmo ritmo
a ditar os tempos da vida.
AjAraujo, o poeta humanista, escrito em agosto de 2010.
Submited by
Saturday, July 16, 2011 - 10:52
Poesia :
- Login to post comments
- 1582 reads
other contents of AjAraujo
Topic | Title | Replies | Views | Last Post | Language | |
---|---|---|---|---|---|---|
Poesia/Dedicated | Auto de Natal | 2 | 2.202 | 12/16/2009 - 02:43 | Portuguese | |
Poesia/Meditation | Natal: A paz do Menino Deus! | 2 | 3.708 | 12/13/2009 - 11:32 | Portuguese | |
Poesia/Aphorism | Uma crônica de Natal | 3 | 3.113 | 11/26/2009 - 03:00 | Portuguese | |
Poesia/Dedicated | Natal: uma prece | 1 | 2.448 | 11/24/2009 - 11:28 | Portuguese | |
Poesia/Dedicated | Arcas de Natal | 3 | 3.841 | 11/20/2009 - 03:02 | Portuguese | |
Poesia/Meditation | Queria apenas falar de um Natal... | 3 | 4.343 | 11/15/2009 - 20:54 | Portuguese |
Add comment