O corpo me é dado e com que fim? (Ossip Mandelstam)
O corpo me é dado-e com que fim,
Meu corpo único, tão de mim?
Pela alegria chã de respirar,
Silenciosa, a quem devo louvar?
Sou jardineiro e sou flor - cativo
Na prisão do mundo sozinho não vivo.
E já nos vidros da eternidade
Cai meu calor, meu sopro respirado.
Nela se grava um desenho pra sempre,
Irreconhecível de tão recente.
Escorra do momento a água turva -
O desenho amado não esbate à chuva.
Ossip Mandelstam, poeta russo.
Submited by
Sunday, August 28, 2011 - 19:45
Poesia :
- Login to post comments
- 1860 reads
other contents of AjAraujo
Topic | Title | Replies | Views |
Last Post![]() |
Language | |
---|---|---|---|---|---|---|
Poesia/Dedicated | Auto de Natal | 2 | 3.801 | 12/16/2009 - 02:43 | Portuguese | |
Poesia/Meditation | Natal: A paz do Menino Deus! | 2 | 5.400 | 12/13/2009 - 11:32 | Portuguese | |
Poesia/Aphorism | Uma crônica de Natal | 3 | 4.330 | 11/26/2009 - 03:00 | Portuguese | |
Poesia/Dedicated | Natal: uma prece | 1 | 2.994 | 11/24/2009 - 11:28 | Portuguese | |
Poesia/Dedicated | Arcas de Natal | 3 | 5.749 | 11/20/2009 - 03:02 | Portuguese | |
Poesia/Meditation | Queria apenas falar de um Natal... | 3 | 6.505 | 11/15/2009 - 20:54 | Portuguese |
Add comment