COMO FLOR QUE TENTA NASCER NA POLPA DAS PEDRAS
Quando não estás,
o infinito é um segundo
em queda livre no meu mundo.
Tudo à minha volta
é um espírito que se solta calado.
Tudo a meu lado permanece quieto.
O tempo pára no tempo.
As estrelas apagam-se ao meu passar.
O sol brilha mas a tua ausência é escuro mais alto.
O silêncio beija as minhas palavras
como formigueiro de tristeza nos meus lábios.
A saudade é a distância da estrada
pelo seio do deserto que minha mão tacteia
como flor que tenta nascer na polpa das pedras.
Se nesse deserto há um oásis,
ele é as minhas lágrimas num poema
que se move como maré escrava de um mar crespo.
Quando não estás,
sou menos do que nada.
Não mais do que pó à espera do vento.
E esse vento és tu
que me levarás como semente no teu colo
para que a vida desabroche no nosso solo de amar.
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Comments
Mais um poema
Mais um poema onde apenas me resta remeter-me ao recolhimento de várias leituras...
Bjo :)