Português eu sou
Português eu sou
Português eu sou, algarvio também,
Sou da terra onde nasci, de pai e de mãe,
Agora não há fronteiras, já não sei quem sou,
Sei que também sou europeu, alguém falou.
Falou esse alguém mas nada me esclareceu,
Apenas ouvi dizer que agora sou europeu,
Já não tenho passaporte nem fronteiras,
Já não tenho bloqueios já não existem barreiras.
Já não sei quem manda no meu País,
Se é o meu presidente, ou qualquer europeu juiz,
Já me posso queixar a um europeu presidente,
Do meu próprio governante, dizer se ele mente.
Já não tenho moeda própria, tenho europeia moeda,
Tem muito mais valor mas o ordenado é uma merda,
Entram milhões no meu País mas a mim nada me toca,
Alguém anda a roubar e a minha renda é muito pouca.
Já não posso produzir aquilo que me dá na gana
Ordena o europeu juiz senão vou de cana,
Recebo um subsídio para produzir o que ele quer,
Tenho que comer em casa aquilo que ele quiser.
Ordenados chorudos ganha quem me representar,
No governo europeu, quando eu vou votar.
Eu continuo a pagar com o preço do meu voto,
Aquilo que eu não quero, ando nu ou todo roto.
Trabalho 40 anos para ter a minha reforma,
Sou obrigado a cumprir uma infame e injusta norma,
A quem dei o meu voto reformam – se em pouco tempo,
E eu trabalho que nem um escravo, para ter o meu sustento.
Tavira, 21 de Fevereiro de 2009 - Estêvão
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Comments
Muito bom Bjs na
Muito bom
Bjs na alma,
Keila... .....)...(@
:)
NÃO HÁ VOLTA A DAR...
Um pouco de humor
como exige a situação;
talvez assim seja melhor
para aliviar o coração.
Belas rimas emparelhadas
a martelar nas parelhas que nos (des)governam.
Saudações desde Caldas da Rainha!
_Abilio.