A UM AMIGO
Tão jovem, que ele era.
Quão linda, sua alma serena.
Buscando foi, na primavera,
Qual outra, mais amena.
Ai, quão pequena, esta esfera!
(Quanto custa, uma pena?!)
Por sabermos bem, quem era,
Fez-se ela, inda mais pequena.
Mas, meu amiguinho, deixa estar,
Que os pássaros virão, brotarão as flores:
E tu, que eu bem sei, hás-de lá estar.
Imenso é o jardim da recordação.
E hão-de ser, de viço e de cores,
Os jardins... e tu, querido, João.
Jorge Humberto
(26/ 11/ 2002)
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Tuesday, March 27, 2012 - 10:18
Poesia :
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Comments
Uma linda homenagem,
Uma linda homenagem, amigo Humberto.
Um poema triste, mas belo. Que define a tua enorme sensibilidade!
Gostei muito!
Abraço forte
Meu muito querido, amigo, Gil,
Meu muito querido, amigo, Gil,
agradeço-te de coração tua constante presença a meu cantinho, lendo e comentando tuas palavras, tão importantes para mim. É verdade, Gil, quando se perde um amigo é sempre muito triste, mas quando esse nosso amigo estava na flor da idade, tendo um fim tão horroroso, mais doloroso se torna. Fiz, ao João, esta homenagem, um dia após seu falecimento, pois precisava de desabafar e de o honrar, como tão merecido. Sendo a poesia a minha forma de me expressar, assim nasceu este soneto, que é também ele um soneto de paz, na lembrança que não esmorece, antes cresce: em jardins coloridos, e no saber que em novas asas, os pássaros voltarão, trazendo todos os azuis dos céus.
Abraços bem fortes, de mim para ti, sempre!
Jorge Humberto
Olá, meu querido, amigo, Apsferreira,
Olá, meu querido, amigo, Apsferreira,
como eu sempre digo: " se não formos nos outros, dos sentimentos, a nobreza, então nunca seremos em nós, pois que seremos falhos de nobres sentimentos". Depois um amigo é para toda a vida. Agradeço por acrescentares mais algumas palavras, que atestam de teu ser, amigo e solidário, com uma enorme sensibilidade, que me encanta. Aqui te espero, continuando a acompanhar minha escrita.
Abraços meus.
Jorge Humberto
sentido
concordo com o gil, é lindo e triste. A tua sensibilidade de poeta vem da alma.
Olá, meu mui estimado,amigo, Apsferreira,
Olá, meu mui estimado,amigo, Apsferreira,
congratulo-me por seres o primeiro, a comentar um, de meus 3 últimos poemas, que já poderás ler, quando tiveres mais um tempinho.
Este meu amigo, tinha apenas 22 anos; era condutor de pesados.
Transportava vidro (espelhos enormes, para serem colocados em montras de lojas).
Infelizmente, neste meu Portugal, os condutores, quando vão nas estradas, nem se respeitam a eles, muito menos como os outros, violando todo o tipo de regras, possiveis e imaginárias. E foi assim que tudo aconteceu: meu amigo, por uma travagem brusca, de quem seguia à sua frente, tentou desviar-se mas acabou por embater no carro dianteiro. Depois foi tudo muito triste: na força do impacto, os espelhos de vidro soltaram-se e entraram cabine adentro. Um dos enormes vidros, qual rude e tenebroso, gume de faca, cortou cerce, seu corpo, à altua do pescoço. Inda hoje, passados, tantos anos, sempre que o chamo à minha lembrança, uma lágrima e uma revolta, veste meu rosto lívido e triste. Fiz-lhe, em sua dedicatória, este poema, tentando resgatar a honra perdida e para lhe dizer que amigos sempre seriamos, hoje resolvi-me a mostrar o João, ao mundo. Espero que muitos amigos, poetas e leitores, venham a ter a oportunidade, de por aqui passar, lendo, o que, ao João, deixei, por testemunho. Sei que está em paz.
Abraços meus.
Jorge Humberto
Uma histúria triste, amigo
Uma história triste, amigo Humberto...
Um abraço,
:-)
Que bela dedicatória, Jorge
Que bela dedicatória, Jorge Humberto.
Um texto que transmite a
nobreza de certos
sentimentos,
:-)